Organizadores reivindicam e secretário garante segurança
CUT, UNE, CTB e PT reivindicam segurança e secretário promete Paulista livre no dia 18
Escrito por: Marize Muniz • Publicado em: 17/03/2016 - 17:49 • Última modificação: 17/03/2016 - 19:35
A Polícia Militar vai retirar os manifestantes que estão acampados na Avenida Paulista na manhã desta sexta-feira, 18, e antecipar a interdição da via para evitar atos dos grupos favoráveis ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Essa foi a garantia dada pelo secretário de Segurança, Alexandre Moraes, aos representantes da CUT, CTB, UNE, CMP e do PT, em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 17.
Todos deixaram claro que querem do governo de São Paulo, amanhã, a partir das 16h, no vão livre do MASP, quando se inicia o ato pela democracia e contra o golpe, o mesmo tratamento que foi dado aos golpistas no dia 13 de março.
A preocupação com o acirramento dos ânimos nas últimas 24 horas e os relatos de violência contra cidadãos e cidadãs que pensam diferente dos golpistas foi unânime durante toda a reunião.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, reivindicou equinanimidade de tratamento do Poder Público do Estado com os grupos que têm pensamento antagônico e têm o direito de se manifestar. É preciso garantir à população que vai às ruas amanhã para defender a democracia, o Estado de Direito, os direitos dos trabalhadores e denunciar o golpe em andamento, a mesma segurança que foi dada aqueles que foram às ruas domingo, ontem e hoje para defender o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, disse o dirigente.
"O senhor garantiu segurança inclusive para os manifestantes que estão acampados em frente a FIESP desde ontem à noite, que não têm convívio democrático com o contraditório. Esperamos que amanhã a Avenida Paulista esteja desobstruída".
Queremos que o senhor assegure isso amanhã para que façamos uma manifestação pacífica, reivindicatória, mas sem confrontação, como sempre fizemos.
Emídio de Souza, presidente Estadual do PT, concordou com a avaliação de Vagner e relatou as agressões e brigas ocorridas nesta quinta em Brasília e o ataque a sede do PT em Ribeirão Preto. Para ele, há um braço sem controle dessas manifestações e os líderes que surgem fometam o confronto permanente. "Eles estão, inclusive, convocando ato para amanhã", alertou Emídio, lembrando o secretário de Segurança da presença do ex-presidente Lula e atual ministro da Casa Civil no ato pela democracia desta sexta.
"Viemos pedir igualdade de tratamento", encerrou Emidio.
Mariana Dias, da UNE, disse que a entidade repudia o ódio e a violência e pediu direito de lutar por um Brasil democrático.
Presentes à reunião, os deputados estaduais do PT Zico Prado, Alencar Santana, Luís Turco. Também participaram o secretário-geral nacional da CUT Sérgio Nobre, Onofre Gonçalves, da CTB, Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, Raimundo Bonfim, da CMP.
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