Oposição venezuelana marca data para iniciar derrubada de Nicolás Maduro

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro
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Sputnik News - 09/03/2016

A oposição da Venezuela está organizando diversos atos para destituir o Presidente Nicolás Maduro ou, pelo menos, tentar antecipar o final do seu mandato. Eleito e empossado em abril de 2013, após a morte do seu antecessor, Hugo Chávez, em março daquele ano, Maduro exerce um mandato de 6 anos.

Para o sábado (12), a oposição – maioria no Parlamento desde as eleições de dezembro de 2015 – planeja uma série de mobilizações e atos de protesto em todo o país contra o Governo. E mais adiante pretende utilizar o recurso previsto na Constituição e denominado referendo revogatório, entre outros meios para tentar derrubar Maduro. O referendo revogatório só pode ser convocado com a anuência do Parlamento e a coleta de 4 milhões de assinaturas e após o presidente da República ter cumprido metade do mandato, o que se dará em abril.

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro
© REUTERS/ MIRAFLORES PALACE/HANDOUT VIA REUTERS
“O mecanismo do referendo revogatório foi incluído na nova Constituição da Venezuela, de 2000”, explica Rafael Araújo, especialista em políticas latino-americanas com ênfase em Venezuela. “Ele prevê as condições em que pode ser realizado.”
O referendo pode ser aplicado não só ao presidente da República mas também a governadores e prefeitos, a todos, enfim, que exerçam mandatos eletivos no país.
“A oposição venezuelana, abrigada na corrente política MUD – Mesa da Unidade Democrática, vem defendendo a aplicação deste mecanismo constitucional. A MUD não esconde de ninguém que o seu objetivo é tirar Nicolás Maduro do poder, e para isso envidará todos os esforços que estiverem ao seu alcance. Estes esforços começam pelas manifestações de sábado (12), e vão prosseguir com a campanha pela coleta das 4 milhões de assinaturas.”
Por sua vez, Nicolás Maduro mobilizou a população e os seus apoiadores para resistir às mobilizações de sábado, organizadas pela oposição. Em discurso na terça-feira, 8, Maduro afirmou que “as manobras oposicionistas não terão êxito” e garantiu que exercerá o seu mandato até o fim.


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