Ex- ministro do STF diz que Moro deveria ter enviado escutas ao STF

Sindicato dos Advogados de SP vai ingressar com representação no CNJ contra Moro; Marco Aurélio Mello disse que a divulgação pode não anular provas
por Henrique Beirangê —  na Carta Capital - publicado 17/03/2016 

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Célio Borja: vazamento poderá ser questionado judicialmente
Em entrevista a CartaCapital, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Célio Borja afirma que teria sido mais “prudente” que o juiz Sérgio Moro tivesse enviado ao STF a investigação com as escutas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula para que a corte deliberasse a conveniência e o momento de serem divulgadas. De acordo com ele, o vazamento poderá ser questionado judicialmente. “É mais usual que o levantamento do sigilo ocorra na sentença e não no decorrer do processo”, disse. 

Hoje, o Sindicato dos Advogados de São Paulo emitiu nota informando que vai ingressar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça contra Moro. A atitude intempestiva do Juiz não levou em conta a comoção social causada com o intuito claro de conflagrar o País, não sendo esta a conduta proba e ilibada que se espera das autoridades judiciárias.
“Em virtude destes graves fatores, o SASP informa que entrará com nova medida contra o Juiz Sérgio Moro, junto ao CNJ - Conselho Nacional de Justiça, para que cessem imediatamente estas novas ilegalidades e obstruções ao exercício da advocacia praticadas por um magistrado, e que perdeu completamente a isenção e imparcialidade, essenciais à prática da Justiça”, diz a nota.
O ministro do STF Marco Aurélio Mello disse que a divulgação das escutas pode não anular as provas, mas dar ensejo a processos administrativos contra Moro no CNJ.

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