Eugênio Aragão, o novo Ministro da Justiça

O novo Ministro da Justiça, Eugênio Aragão, é um homem de convicção e de coragem.
No TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não se curvou às arremetidas do Ministro Gilmar Mendes. Todos os procedimentos anticoncepcionais de Gilmar - ataques virulentos e outras estratégicas retóricas da sua lavra - era recebidos sem que Aragão mexesse um músculo do rosto e recuasse um milímetro que fosse.
Antes disso, deu extrema demonstração de coragem e de respeito pelo Ministério Pùblico Federal, em um artigo polêmico criticando a perda do referencial público de muitos procuradores, mais interessados em jogadas midiáticas. Foi alvo de muitas críticas da corporação, como era de se esperar.

Chamou-me a atenção na época esse desprendimento raro, de uma pessoa insurgir-se contra abusos de colegas em defesa do bem maior, que é a instituição. Em organizações hierárquicas e com autonomia funcional, como o MPF, é mais comum os procuradores mais bem preparados não se imiscuírem nessas querelas que visam, em última instância, a defesa da instituição.
Resta saber quem será colocado em seu lugar, no TSE, especialmente quando Gilmar prepara nova investida política.

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