Chanceler venezuelana: Oposição quer anistiar traficantes e corruptos
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A ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na 31.ª Assembleia-Geral sobre Direitos Humanos, da ONU, que a “oposição não democrática” do seu país pretende apresentar um amplo projeto de anistia que, em suas palavras, “contemple, também, presos condenados pelos crimes de corrupção e tráfico de entorpecentes”.
Segundo a ministra venezuelana, seriam contemplados por esse amplo projeto de anistia autores de crimes cometidos desde o ano de 1999.
Em seu pronunciamento na sessão realizada na quarta-feira (2), em Genebra, na Suíça, Delcy Rodríguez entregou ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos um documento no qual justificava suas argumentações e pediu para o órgão realizar um estudo em profundidade da legalidade jurídica da proposta dos partidos de oposição na Venezuela.
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O especialista em História das Américas Jorge José Barros considera que mais esse embate entre situação e oposição resume o cenário político da Venezuela nos últimos 15 anos. “Desde 1999”, diz ele, “há esse cenário de polarização, em que a oposição foi derrotada em diversos pleitos e referendos desde aquela data para cá, e, por conseguinte, ocorre a permanência do chavismo através de Nicolás Maduro”.
“A oposição acusa uma forte influência do Poder Executivo nas instâncias do Legislativo e do Judiciário, enquanto a situação, através de Maduro, acusa a oposição de não fazer o seu programa partidário em bases realmente democráticas, respeitando, de fato, a Constituição aprovada em 1999.”
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