Brito: Cui prodest? A quem aproveita o golpe? Ao capital…
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Em qualquer país do mundo, uma crise política do grau da que vivemos estaria se refletindo em bolsas despencando.
Aqui, a bolsa dispara.
O dinheiro aposta tudo na derrubada do Governo e da esquerda.
Não é preciso nenhum Marco Túlio Cícero para ver “cui bono, cui prodest”, a quem beneficia, quem tira proveito.
Ao capital, a quem não basta nunca o que tem, ainda que imenso, porque é de sua natureza querer tudo.
À oposição política, que perdeu pela quarta vez nas urnas e vê a sua chance de chegar ao poder sem voto.
Aos fascistas, que pretendem ver o Brasil transformado no país do discurso único, na pátria da meganhagem, no império de juízes que despem o manto do equilíbrio e envergam a toga da vaidade e da ambição e se prestam ao papel de “capitães do mato” da casa grande.
É preciso dizê-lo com toda a clareza e toda energia.
Deixem que os advogados falem dos artigos e incisos, das irregularidades formais vexaminosas deste processo.
O povo brasileiro só saberá que este não é apenas um golpe contra Lula, ou contra o PT, ou contra a esquerda se mostrarmos em favor de quem é a destruição da democracia e do voto.
Porque o povo brasileiro sabe quem é contra seus interesses.
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