Após exemplo do MP, começa a intimidação em São Paulo contra direito de reunião
“Liberada” pela ação dos procuradores que usaram o direito de manifestação de pensamento de Lula e o de reunião de seus apoiadores como “razão” de um pedido de prisão, a polícia do Governo Alckmin ensaia os primeiros passos de intimidação aos movimentos populares.
Segundo o jornal ABCD Maior – de Santo André, São Bernardo do campo, São Caetano e Diadema – a PM paulista entrou numa reunião de apoio a Lula realizada na regional de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos e, sem qualquer razão, anotou os nomes de todos os participantes. Medida, como se vê, sem outro propósito que não o de intimidar.
Leia o relato do jornal, trazido pela leitora Luiza:
Na noite desta sexta-feira (11/03), a Polícia Militar chegou em quatro viaturas e invadiu uma plenária que acontecia na subsede do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), em Diadema.
De acordo com o deputado estadual e presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, a plenária em solidariedade ao ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva corria normalmente quando os participantes – entre eles o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho e o deputado estadual Teonílio Barba – foram surpreendidos com a chegada da PM.
Ainda de acordo com informações divulgadas por Turco, por meio de redes sociais, a própria militância impediu a entrada dos policias, que foram levados a uma sala da sede do sindicato e indagados por ele e por Barba pelo motivo de estarem ali. Os policiais teriam então, dito que souberam que estava ocorrendo uma reunião de apoio a Lula e foram até o local averiguar.
O Sindicato ficou cercado pelos policiais, que só foram embora depois de anotar documentos dos participantes da reunião. Após a PM se retirar, a plenária prosseguiu normalmente.
Está claro o acerto de cancelar manifestações amanhã e evidente a necessidade de evitar qualquer situação que permita atos que possam justificar repressão policial. Como se recordarão os cariocas de mais idade, tal como ocorreu com Lacerda aqui, nos anos 60, a polícia tem lado.
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