Desenhando, fica mais fácil entender?

aroeiratri
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Hoje, com toda a razão, o Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, saúda o cartunista Laerte por ter rompido, com sua charge de hoje na Folha (veja abaixo) o muro de silêncio que se fez em torno da descoberta de que a mansão dos Marinho em Paraty, construída em área proibida e objeto, por isso e outras coisas, de um processo judicial pertence – oficialmente –  a uma empresa “agropecuária”, 90% de propriedade de um grupo panamenho e outros 10% pertencentes a uma senhora que vive em um modesto apartamento no Grajaú, baixo da Zona Norte do Rio.

Já a localizei, mas como ela tem 70 anos, parece apavorada e é apenas uma “laranja” neste esquema, ainda preservo sua identidade, apesar dos xingamentos que me dirigiu ao telefone. Só depois de ter documentos que comprovem que continua sócia da empresa ela passa a ter relevância, porque também responde pelas ilegalidades cometidas.
Volto a postar em seguida sobre o assunto, mas não posso deixar de juntar à homenagem ao Laerte a charge, também de hoje, do genial Aroeira, de O Dia.
Os dois, não por acaso, acabam por dizer o que todos os gravatinhas das redações hipocritamente calam, sabendo.
Que Lula é culpado de tudo, ainda que não seja.
E que os Marinhos são inocentes em tudo, mesmo quando são pilhados numa flagrante maracutaia imobiliária.
A “imprensa livre”, o “jornalismo investigativo”, capazes de fuçar as latas de lixo do ex-presidente se omitem completamente diante de uma ocultação de patrimônio e de um dano ambiental evidentes.
Como o fizeram num caso de sonegação fiscal gigantesco nos direitos de transmissão da Copa.
Há centenas de repórteres, policiais, promotores atrás  de Lula, para provar que é dele um sítio que tem proprietários conhecidos, nominados e capazes de possuir o imóvel.
Somos apenas três ou quatro atrás dos Marinho, quase sem armas que não o Google. E já mostramos que é deles o que está em nome de outros, com completa incapacidade financeira de possuir mansões ou operar helicópteros de luxo.
E de fazer gente de bem, como  Aroeira e o Laerte entenderem tudo, traduzindo com seu talento todo este absurdo.
Quem sabe, desenhando, entendam.
laerte1
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