Cade o dinheiro?: Obra da Coaf que obteve R$ 384 mil do governador tucano está parada

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Apontada pelo Ministério Público de São Paulo como carro-chefe do esquema de fraudes na venda de produtos para merenda escolar investigado pela Operação Alba Branca, a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) fechou em junho de 2013 com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) um contrato de R$ 1,2 milhão para a aquisição de caminhões e construção de uma packing house - unidade de processamento de legumes e frutas -, na margem da rodovia Armando Salles de Oliveira, próximo ao assentamento Reage Brasil, na cidade de Bebedouro (SP). A obra, iniciada somente no ano passado, porém, ainda está inconclusa.

O governo se comprometeu a pagar R$ 800 mil e a cooperativa R$ 400 mil. A obra deveria ser feita em um terreno de 10 mil metros quadrados que foi doado à Coaf em 2013 pela prefeitura de Bebedouro.----  O prefeito de Bebedouro Fernando Galvão Moura (DEM)- que é aliado do governador tucano Geraldo Alckmin.A estrutura metálica chegou a ser montada e a cobertura adquirida, mas não instalada.

A obra faz parte do projeto microbacias II, do governo tucano de São Paulo, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Suspenso

Do total previsto de R$ 800 mil, a Secretaria de Agricultura repassou à Coaf 49% do valor - R$ 384 mil. Ainda segundo a assessoria do governo, não há previsão para a conclusão da obra. Apontado pela Alba Branca como suposto chefe da "máfia da merenda", o executivo Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf, decidiu colaborar com a Justiça depois de ter a prisão preventiva decretada.

Em depoimento, ele apontou aos investigadores da operação os nomes do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e do secretário estadual de Logística e de Transportes Duarte Nogueira, como supostos beneficiários de uma propina de 10% sobre contratos da Secretaria de Estado da Educação no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

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