Ambulantes em Salvador fazem novo protesto por causa de venda de cerveja
ACM neto |
Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil
Ambulantes autorizados a vender bebidas nos circuitos oficiais do carnaval de Salvador fizeram hoje (9) mais um protesto.
Contrários à exclusividade da venda de apenas uma marca de cerveja durante o carnaval, a categoria já havia feito um protesto ontem (8), no Farol da Barra – ponto que marca o início do Circuito Dodô – e fizeram mais uma manifestação nesta terça-feira no mesmo local. Alguns manifestantes chegaram a atear fogo em papelões, repetindo o ato de ontem, que atrasou a saída dos trios do circuito.
Segundo o contrato firmado entre a prefeitura e a cervejaria Schin, os 4 mil ambulantes só podem vender cervejas e refrigerantes da marca. Alguns foliões reclamam a exclusividade e dizem querer o direito de escolher outras marcas.
“A gente está bebendo esta cerveja, porque não tem jeito. Estou cansada, com sede e está calor. Prefiro outras marcas, mas somos obrigados pelo prefeito [a consumir a marca]”, disse Isabelle Santos.
O presidente do Sindicato dos Ambulantes de Salvador, Nilton Ávila, disse que a categoria vai se reunir amanhã (10), com o jurídico do órgão, para analisar quais medidas podem ser tomadas, a respeito da exclusividade e das fiscalizações feitas pelos agentes da prefeitura, que apreenderam bebidas de outras marcas.
“Somos pais de família e não temos o mesmo tratamento que os comerciantes de camarotes e blocos têm. Os fiscais chegam revirando os nossos isopores. Além disso, o lucro é mínimo, porque cada caixa de cerveja custa R$ 21, e a gente só lucra R$ 9 por caixa. Muitas pessoas deixam de consumir cerveja porque preferem outra marca”, explica Ávila.
Em entrevista com a Agência Brasil, o advogado especialista em Direito do Consumidor, Taciano Mattos, classifica a exigência como “crime contra a ordem econômica”. Segundo ele, “a propaganda e a sugestão de consumir produtos da empresa patrocinadora não podem se confundir com a obrigatoriedade de o folião poder comprar somente determinada marca”.
Após o primeiro ato da categoria ontem, a prefeitura de Salvador informou, por meio de nota, que “as normas para exercer as atividades de comércio no carnaval foram estabelecidas bem antes da festa, principalmente no que se refere à exclusividade das marcas”.
Nos três primeiros dias de carnaval, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) apreendeu cerca de 120 mil latinhas de bebidas, nos circuitos da folia e fora deles. Segundo o órgão, os produtos eram expostos em locais inadequados ou revendidos a ambulantes
Ambulantes autorizados a vender bebidas nos circuitos oficiais do carnaval de Salvador fizeram hoje (9) mais um protesto.
Contrários à exclusividade da venda de apenas uma marca de cerveja durante o carnaval, a categoria já havia feito um protesto ontem (8), no Farol da Barra – ponto que marca o início do Circuito Dodô – e fizeram mais uma manifestação nesta terça-feira no mesmo local. Alguns manifestantes chegaram a atear fogo em papelões, repetindo o ato de ontem, que atrasou a saída dos trios do circuito.
Segundo o contrato firmado entre a prefeitura e a cervejaria Schin, os 4 mil ambulantes só podem vender cervejas e refrigerantes da marca. Alguns foliões reclamam a exclusividade e dizem querer o direito de escolher outras marcas.
“A gente está bebendo esta cerveja, porque não tem jeito. Estou cansada, com sede e está calor. Prefiro outras marcas, mas somos obrigados pelo prefeito [a consumir a marca]”, disse Isabelle Santos.
O presidente do Sindicato dos Ambulantes de Salvador, Nilton Ávila, disse que a categoria vai se reunir amanhã (10), com o jurídico do órgão, para analisar quais medidas podem ser tomadas, a respeito da exclusividade e das fiscalizações feitas pelos agentes da prefeitura, que apreenderam bebidas de outras marcas.
“Somos pais de família e não temos o mesmo tratamento que os comerciantes de camarotes e blocos têm. Os fiscais chegam revirando os nossos isopores. Além disso, o lucro é mínimo, porque cada caixa de cerveja custa R$ 21, e a gente só lucra R$ 9 por caixa. Muitas pessoas deixam de consumir cerveja porque preferem outra marca”, explica Ávila.
Em entrevista com a Agência Brasil, o advogado especialista em Direito do Consumidor, Taciano Mattos, classifica a exigência como “crime contra a ordem econômica”. Segundo ele, “a propaganda e a sugestão de consumir produtos da empresa patrocinadora não podem se confundir com a obrigatoriedade de o folião poder comprar somente determinada marca”.
Após o primeiro ato da categoria ontem, a prefeitura de Salvador informou, por meio de nota, que “as normas para exercer as atividades de comércio no carnaval foram estabelecidas bem antes da festa, principalmente no que se refere à exclusividade das marcas”.
Nos três primeiros dias de carnaval, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) apreendeu cerca de 120 mil latinhas de bebidas, nos circuitos da folia e fora deles. Segundo o órgão, os produtos eram expostos em locais inadequados ou revendidos a ambulantes
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