PSDB quer “ouvi dizer” de Cerveró em ação contra Dilma. E o “eu escrevi” de FHC?
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O PSDB, que em matéria de oportunismo é “o gatilho mais rápido do Oeste” já se apressa em anunciar que vai usar o depoimento “ouvi dizer” de Nestor Cerveró na ação que move contra Dilma no TSE, sob os cuidados da dupla Dias Tóffoli-Gilmar Mendes.
Cerveró diz que “Fernando Collor disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora”.
É assim,exatamente, o “eu digo que ele disse que ela teria dito” que está na delação.
Poderíamos sugerir, para uma pesquisa mais fidedigna, que nestes assuntos de Petrobras, procurássemos também dar importância ás fontes primárias de informação.
Como a do trecho gravado, transcrito e publicado por ele mesmo, dos “Diários de FHC“.
Para saber dele qual era o “escândalo” que havia na Petrobras, já em 1995, como ele narra.
Orlando Galvão era, simplesmente, diretor financeiro da Petrobras, pouca coisa para assuntos de dinheiro, não é?
E ainda ganhou de FHC a presidência da BR Distribuidora.
Ficou lá até 1999, junto com Joel Mendes Rennó.
Será que o PSDB também vai emprestar foros de verdade ao que diz, no mesmo depoimento, o mesmo Nestor Cerveró ao afirmar que a compra da empresa argentina Perez Companc rendeu US$ 100 milhões ao governo FHC em propinas?
Ou essa parte “podemos tirar se achar melhor”?
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