Líder iraniano: sauditas em breve pagarão por assassinato de Al-Nimr

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IRIB WORLD SERVICE - domingo, 03 janeiro

O líder da Revolução Islâmica Irã condena veementemente a execução de proeminente clérigo xiita na Arábia Saudita, e alerta as autoridades desta país para pagar "muito em breve" para este crime.

"Sem dúvida, o sangue injustamente derramado do inocente mártir terá um efeito rápido e cairá a vingança divina sobre os políticos sauditas", advertiu o líder iraniano Aiatolá Seyed Ali Khamenei, num discurso para um grupo de clérigos.
A Arábia Saudita relatou no sábado a execução de 47 pessoas em várias províncias do país sob alegadas acusações de terrorismo, incluindo o proeminente oposição clérigo xiita Xeque Nimr Baqer al-Nimr.
Para o Líder da Revolução Islâmica no Irã, a execução de Al-Nimr é um "erro político" que cometeu o governo de Riad. "Deus Todo-Poderoso não vai ficar indiferente e a sangue derramada (Al-Nimr) afligirá rapidamente políticos e autoridades sauditas", frisou.
"Este clérigo inocente nem provocava o povo a pegar armas ou a realização conspiração secreta, mas tudo o que fez, foi abertamente criticar" as políticas do reinado Al Saud, acrescentou o líder iraniano.

Também repudiou o silêncio daqueles que são considerados os defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão (em referência ao Ocidente), perante a execução de um clérigo proeminente.
Ele também instou os países muçulmanos e da comunidade internacional para mostrar responsabilidade a este crime perpetrado por Al Saud.
Por outro lado, salientou que a tortura do povo do Bahrain, a destruição de mesquitas e casas, bem como bombardeio do povo iemenita por mais de 10 meses, mostram outros exemplos dos crimes cometidos pelo regime saudita.
"Aqueles que estão sinceramente interessados no destino da humanidade e os direitos humanos e justiça, devem monitorar esses problemas e parar de ser indiferente a esta situação", afirmou.
O líder iraniano no sábado prestou homenagem a Al-Nimr através de sua conta oficial no Twitter, postando uma foto do sacerdote acompanhado da frase "O despertar não pode ser excluído."

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