Flavio Aguiar: Dez coisas que ajudariam o Brasil em 2016

IMAGINÁRIO
Seria muito útil ao país que certas figuras e instituições ao menos deixassem de atrapalhar, como tanto fizeram no ano que se foi
por Flavio Aguiar publicado 01/01/2016 
CC / JOHN MCCULLOUGH
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1. Um certo ex-presidente fazer um curso de História do Brasil, e chegar à conclusão que quem nasceu pra fazer ponta em filme alheio jamais chegará a Pedro II, Getulio Vargas, muito menos a Luis Inacio Lula da Silva. Poderia dizer depois, "como é para a felicidade de todos e o bem estar geral da nação, digam ao povo que fico onde estou, na galeria dos personagens à espera de um Oscar de coadjuvante. Ah sim, e que desisto do golpe".
2. O senador Aécio Neves fazer um curso supletivo de humildade, talvez de humanidade, com a Miss Colômbia, que admitiu a derrota depois de ter sido anunciada vencedora, e sair para o abraço - de vencedora, claro, a presidenta Dilma. Mas enfim, isto é difícil. Afinal, quem nasceu pra Aécio Neves nunca chega a Miss Colômbia.
3. O governador Geraldo Alckmin se matricular numa escola pública, das que quis fechar, em qualquer grau, e conviver com os estudantes que mandou reprimir. Sem medo de ser feliz.

4. A presidenta Dilma Rousseff fazer um curso rápido de comunicação na ECA/USP e se convencer que sim, ela tem um projeto próprio, que é dotar o país de uma infra condizente com seu papel mundial e regional, e se dispor a explicar isto pra população, sobrevoando sobre os panelaços que, aliás, não têm o menor sentido. E tem também a falta de comunicação dela e de sua equipe, que também não tem o menor sentido.
5. O deputado Cunha, mais as bancadas da bala, da bíblia e a rural, tomarem uma caravela e partirem com passagem só de ida para algum outro mundo. O universo é vasto e acolhedor. Para todos, um outro mundo é possível. Até pra eles.
6. O vice-presidente Michel Temer ler alguma biografia de outro vice, Café Filho, que aliás, entrou na chapa com Getulio em 1950 pela esquerda, traiu o titular, foi pra direita e entrou para a história como um zero à esquerda. Um? Talvez dois. Se continuar a escrever cartas lamuriosas, Temer arrisca três.
7. O senador José Serra viajar para Brno, na Transilvânia, fechar-se no castelo do Drácula, e permanecer lá num sarcófago cinco estrelas, patrocinado por quem o patrocinou. A abrir em um século e ver o que resta. Chevron na veia.
8. O senador Álvaro Dias (ainda no PSDB) desistir de se candidatar à presidência pelo PV, PSB, ou outra sigla, e se candidatar a lider do coro gregoriano do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Voz ele tem. O canto pode lhe dar conteúdo.
9. A velha mídia brasileira quebrar. Quero dizer, financeiramente. A espinha ela já quebrou. A sua e a dos seus arautos. Bom, quebrada já está. Depende dos favores governamentais e das suas próprias pedaladas nas manchetes.
10. O PSTU se converter ao Hare Krishna, deixar sua pregação a favor do fora Dilma, FHC, FMI, PT, PCO, PCdoB, Evo Morales, Rafael Correa etc. etc., o que seria um bom exemplo para toda a extrema-esquerda, além de ser uma garantia de bom posicionamento na próxima encarnação.
A ver.

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