Falta papel higiênico nas escolas mas sobra dinheiro para manter aviões: o mundo estranho de Alckmin. Por Paulo Nogueira
Postado em 07 jan 2016
Pior do que o incompetente só o incompetente que se finge de gênio.
Os líderes do PSDB são mestres nisso.
Serra, por exemplo, não conseguiu lidar sequer com os pernilongos de São Paulo quando foi prefeito e se apresenta como um grande gestor.
Não salvou nem as árvores da cidade, apodrecidas e incapazes de enfrentar chuvas mais fortes sem cair. Também não viu, em sua miopia ululante, a importância da bicicleta para o futuro de São Paulo.
Um incompetente, em suma, e um daqueles com ares de gênio, o que é pior.
Alckmin faz companhia a ele.
Os alunos do Fernão Dias, uma das escolas ocupadas, contam que não havia sequer papel higiênico nos banheiros.
Compare.
Ao mesmo tempo que os alunos iam ao banheiro e podiam viver momentos de embaraço, jamais faltou dinheiro para manter a frota aérea do governo de São Paulo, os aviões e os helicópteros que tanto serviram à primeira dama Lu Alckmin.
Um admnistrador que cuida assim do orçamento só pode receber uma definição: incompetente.
No orçamento, você estabelece prioridades: onde gastar, onde cortar e por aí vai.
Um governador sob cuja gestão falta papel higiênico nas escolas mas sobram recursos para manter aviões e helicópteros é, numa palavra, incompetente.
Observadas as coisas sob esse ângulo, fica claro por que Alckmin foi incapaz de garantir água na torneira dos paulistas.
Por que ele haveria de ter êxito num desafio das proporções da crise hídrica se não colocou sequer papel higiênico nos banheiros escolares?
Os incompetentes dividem-se em dois grupos. O primeiro é o dos incompetentes honestos. Eles sabem que são ineptos e convivem com isso o melhor que podem. Causam o menor dano possível a si próprios e aos que os cercam.
O segundo grupo é o dos incompetentes que se fantasiam de filósofos. Enganam muita gente e podem causar calamidades.
Alckmin é um destes.
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