À beira do colapso: ‘Governo de Kiev tem poucas chances de sobreviver este ano’.

Primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatsenyuk, durante a sessão da Verkhovnaya Rada (parlamento da Ucrânia)
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Sputnik News - 06/01/2016

Muitos cidadãos ucranianos entendem que o pior para o seu país ainda está para vir. O atual governo que está à beira do colapso não será capaz de reformar o "sistema podre" do país, escreveu o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ).

É pouco provável que a Ucrânia seja capaz de sair da crise atual. O governo está preso em disputas internas, enquanto o país é dirigido pelos oligarcas, opina o jornal.
Segundo a edição alemã, os protestos de Maidan não trouxeram os resultados desejados. O antigo presidente Viktor Yanukovych, que foi responsabilizado por toda a crise no país, fugiu, mas o país ainda vive com o seu sistema "sujo".
Os oligarcas continuam ganhando força e financiando exércitos privados, escreve a edição. O artigo faz lembrar que o primeiro-ministro pouco popular, Arseny Yatsenyuk, fica regularmente acusado de cooperação com estruturas criminosas e especuladores.
De acordo com o FAZ, o princípio da resolução pacífica de conflitos políticos na Ucrânia durou apenas um ano, até o momento em que o partido da antiga primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko exigiu novas eleições. Além disso, o autor do artigo opina que o atual governador da região de Odessa e ex-presidente georgiano Mikheil Saakashvili tentará usar a sua campanha contra corrupção para tornar-se primeiro-ministro.
"Muitos cidadãos que protestavam na Praça Maidan e pediam reformas no país temem que tudo possa acabar do mesmo modo que depois da Revolução Laranja em 2004 e que o país seja preso 'no pântano do antigo sistema podre'", escreveu o jornal.
O pior ainda está para vir para a Ucrânia, e a instabilidade política é a última coisa de que o país precisa na situação atual. A sua economia, que é completamente dependente de ajuda externa, em 2015 diminuiu em 10 por cento, escreveu o FAZ.
Segundo o jornal, o Ocidente deve aumentar a pressão sobre Kiev e forçá-la a intensificar a sua luta contra corrupção. Caso contrário, o dinheiro acabará em bolsos de funcionários corruptos, enquanto o sistema de todo o país continuará a mover-se para a beira do colapso.

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