Últimas palavras
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O ministro Dias Toffoli informou aos pares que os hispânicos preferem a expressão “juicio politico”, evitando a expressão inglesa “impeachment”. Mera propaganda subliminar da tese de que, nessa matéria, a fundamentação legal estaria subordinada à legítima parcialidade dos eventuais julgadores. Em um dos dois ou três escorregões que sofreu, também o ministro Edson Fachin se pronunciou ambiguamente sobre as relações entre imparcialidade partidária e legalidade constitucional. Informo que em lugar algum da Constituição fica autorizada, nesta ou em qualquer outra matéria, deliberação indiferente ao comando da Carta. Outrossim, complemento o ministro Dias Toffoli informando que também a Constituição brasileira não adota o anglicismo “impeachment”, preferindo o simples substantivo da língua pátria: impedimento. Já que todos os ministros e professores, imprensa, políticos e passantes em geral só falam “impeachment”, seria prudente providenciar alteração na redação do artigo constitucional ou se arriscam os ministros a deliberarem sobre o mandato do presidente Barak Obama. Mico histórico para quem acredita que cada voto que profere não pode estar aquém de 150 páginas de sabedoria e trivialidades latinas. “Impeachment” não é uma trivialidade da língua inglesa, é uma legítima viralatice brasileira.
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