Temer vai escrever cartinha a Janot e Teori criticando a “divisão do PMDB”?

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Confesso que estou ansioso para ver a reação – terá alguma, pública? – do vice-presidente Michel Temer á ação determinada hoje pelo Ministro Teori Zavaski, por  solicitação de Rodrigo Janot.
Certamente não haverá cartinha público-privada reclamando que “o  PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão”,como escreveu, semana passada, à Presidenta Dilma Rousseff.
Quanto a Cunha, não há muito o que esperar.
Vai sair gritando que está sendo perseguido por Janot por ordem de Dilma por conta do impeachment, mas todos sabem é que recebeu, a cavalo, o pagamento do “serviço”  que prestou à oposição aceitando o pedido de impeachment.

Tornou-se mais que descartável: passou a ser necessário para o golpismo atirá-lo ao monturo, pois tornou-se ( e é) o símbolo desta conspirata parlamentar para derrubar o Governo.
E, imundo como é, revela a imundície dos que a ele se aliaram neste projeto.
Cunha é a mãe do impeachment e não adianta que o pai, o PSDB de Aécio Neves, tente dizer que ele “não tem nada a ver com isso”.
As ruas, amanhã e todos os dias, vão escrever “não ao golpe” com a frase “fora, Cunha”.
Até porque, sem Cunha, os que – não é, Dr. Temer? – o adularam para deixar sair o monstrengo institucional do impeachment de suas entranhas.
Mesmo que o retirem de lá, todos sabem que o impeachment é Cunha e Cunha é o impeachment: sem a sua “turma”, nem pensar em alcançar o quorum para a abertura do processo.
A menos que, como pretende Temer, o PMDB se unifique num projeto de impedimento da Presidente que – de maneira descarada – signifique colocar em seu lugar alguém que tente parar a investigação que atinge em cheio, agora, o partido.
O que, convenhamos, mesmo no país do suicídio político, parece pouco provável conseguir.

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