Michael Moore: o que roubar na próxima invasão?
O objetivo desta nova invasão dos EUA não seria para se apossar do petróleo, mas das idéias e soluções político-sociais encontradas por outros países
Rui Martins - Correio do Brasil - na Carta Maior - 17/12/2015
Para Michael Moore, os EUA são um país belicoso em permanente estado de guerra, principal responsável pela situação atual no Oriente Médio, decorrente da invasão do Iraque, justificada com mentiras. Natural, por isso, se esperar uma nova invasão para acionar a indústria armamentista americana e se apropriar de alguma riqueza.
Entretanto, o objetivo desta nova invasão não seria para se apossar do petróleo de algum país, porém – e aqui entra a ironia do provocador Moore – das idéias e soluções político-sociais encontradas por outros países e superiores às aplicadas pelo liberalismo capitalista dentro dos Estados Unidos.
Entre elas estão o sistema de saúde e previdenciário dos franceses ; a política de legalização de certas drogas pelos portugueses ; o comportamento natural de muitos europeus com relação aos seus corpos nos campos naturistas de nudismo ; as merendas escolares nas escolas francesas ; as longas férias concedidas aos operários italianos ; o melhor sistema educacional dos finlandeses ; e a maneira como foram processados e presos os banqueiros islandeses envolvidos na falência do país.
Por que não roubar tudo isso desses países e fincar uma bandeirinha americana no lugar ?
O sucesso de Onde a Próxima Invasão ? vai depender da dose de humor aplicada por Michael Moore, já premiado com Palma de Ouro em Cannes e com Oscars nos Estados.
Seus filmes mais conhecidos – Tiros em Columbine e Fahrenheit 9/11.
Rui Martins, correspondente em Genebra, estará em Berlim, do 10 ao 21 de fevereiro, convidado pelo 66. Festival Internacional de Cinema.
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O maior crítico e inimigo da estrutura político-militar americana, o cineasta documentarista e escritor Michael Moore, estará em fevereiro no Festival de Cinema de Berlim, com seu novo filme Onde a Próxima Invasão ?,já exibido no Festival de Toronto e com estréia nos EUA na véspera do Natal.
Desta vez, o sistema americano quer limitar a penetração do filme entre os jovens, classificando-o como permitido apenas a maiores de 17 anos, alegando algumas cenas de drogas e uns nus naturistas, mas na verdade criando uma nova categoria – a da pornografia política.
Desta vez, o sistema americano quer limitar a penetração do filme entre os jovens, classificando-o como permitido apenas a maiores de 17 anos, alegando algumas cenas de drogas e uns nus naturistas, mas na verdade criando uma nova categoria – a da pornografia política.
Para Michael Moore, os EUA são um país belicoso em permanente estado de guerra, principal responsável pela situação atual no Oriente Médio, decorrente da invasão do Iraque, justificada com mentiras. Natural, por isso, se esperar uma nova invasão para acionar a indústria armamentista americana e se apropriar de alguma riqueza.
Entretanto, o objetivo desta nova invasão não seria para se apossar do petróleo de algum país, porém – e aqui entra a ironia do provocador Moore – das idéias e soluções político-sociais encontradas por outros países e superiores às aplicadas pelo liberalismo capitalista dentro dos Estados Unidos.
Entre elas estão o sistema de saúde e previdenciário dos franceses ; a política de legalização de certas drogas pelos portugueses ; o comportamento natural de muitos europeus com relação aos seus corpos nos campos naturistas de nudismo ; as merendas escolares nas escolas francesas ; as longas férias concedidas aos operários italianos ; o melhor sistema educacional dos finlandeses ; e a maneira como foram processados e presos os banqueiros islandeses envolvidos na falência do país.
Por que não roubar tudo isso desses países e fincar uma bandeirinha americana no lugar ?
O sucesso de Onde a Próxima Invasão ? vai depender da dose de humor aplicada por Michael Moore, já premiado com Palma de Ouro em Cannes e com Oscars nos Estados.
Seus filmes mais conhecidos – Tiros em Columbine e Fahrenheit 9/11.
Rui Martins, correspondente em Genebra, estará em Berlim, do 10 ao 21 de fevereiro, convidado pelo 66. Festival Internacional de Cinema.
Créditos da foto: reprodução
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