O deputado Luiz Couto (PT-PB) afirmou no plenário da Câmara, nesta semana, que tanto os corruptos quantos os chantagistas que tentam derrubar o governo da presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff precisam ser combatidos. Durante o pronunciamento, o parlamentar paraibano também destacou que nenhum outro governo, em momento algum da história do Brasil, combateu tanto a corrupção no País como os governos de Lula e Dilma.
“A mídia pode até falar o contrário, mas foi nos nossos Governos que começamos a exterminar estes tipos de enganadores e usurpadores da democracia brasileira”, ressaltou.
Ao citar as palavras do Papa Francisco de que aqueles que permitem a corrupção “fedem como animais mortos”, Luiz Couto lembrou aos deputados presentes no plenário durante seu discurso que os defensores do mandato da presidenta Dilma não podem ser comparados aos que desejam derrubá-la.
“Não somos subornadores de votos nem muito menos manchamos nossa camisa de fedor de animal morto. Somos pelo processo democrático, que agora está sendo atacado com a tentativa de golpe perpetrada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e outros”, acusou Couto.
O petista também destacou que tem a vida limpa para defender o combate a todo tipo de corrupção. “Lembro-vos que não tenho contas no exterior, nunca chantageei ninguém para ter projeto aprovado nem (apoiei) comissões criadas por interesses próprios. Isso é corrupção. Não tem outro nome”, observou.
Dirigindo a palavra à presidenta Dilma, o deputado Luiz Couto disse ainda que os que tentam levar adiante o processo de impeachment contra ela usam o artificio como “cortina de fumaça” para esconder a corrupção da qual participam.
“E a tentativa de golpe é só uma forma de mostrar quem está limpo e quem está sujo. Os que estão contra a senhora (Dilma Rousseff) são aqueles que não aceitam a democracia e um País limpo da corrupção”, explicou.
Ação – Para exemplificar que o discurso de muitos falsos moralistas contra a corrupção não passa de falácia, o deputado Luiz Couto lembrou que a proposta de emenda à Constituição (PEC 422/05) que cria varas especializadas em primeira instância para julgar crimes de improbidade administrativa, de autoria dele, até hoje não foi votada.
“Existe todo um estudo do Poder Judiciário em torno desta PEC 422. Esse estudo traz a proposta de emenda à Constituição como um norte para solucionar tais crimes. Portanto, é importante frisar que esta PEC encontra-se pronta desde 2010 para pauta do plenário. Mas sei que não é interesse de muitos aqui aprová-la, pois se fosse já havia sido colocada para votação”, lamentou.
Héber Carvalho
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