Globo aciona 'batalhão' de advogados para guerra pela Libertadores

DANIEL AUGUSTO JR./AGÊNCIA CORINTHIANS
Vagner Love, do Corinthians, e Dória, do São Paulo, em duelo pela Libertadores de 2015 - Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
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Vagner Love, do Corinthians, e Dória, do São Paulo, em duelo pela Libertadores de 2015

DANIEL CASTRO - Publicado em 11/12/2015, às 05h26


A Globo acionou um "batalhão" de advogados para garantir seu direito de transmitir a Taça Libertadores da América em 2016. A emissora acendeu o sinal de alerta no departamento jurídico depois que vazaram no mercado informações de que o atual contrato da emissora para exibir o torneio continental não tem mais validade.
O problema é o seguinte: quem detém os direitos da Libertadores para toda a América Latina, em todas as mídias, é a Fox. A Fox, por sua vez, sublicencia os direitos para outros canais pagos (caso do Sportv) e abertos (a Globo no Brasil). No mês passado, a Fox anunciou a assinatura de um novo contrato, diretamente com a Conmebol, a confederação sul-americana, válido para as temporadas de 2016, 2017 e 2018.
A Fox já tinha contrato até 2018 pela Libertadores. Assinou um novo por dois motivos: 1) por pressão da Conmebol, que aumentou os valores para poder pagar mais aos clubes, que ameaçavam lançar uma Champions League das Américas; 2) por precaução contra eventual fuga de anunciantes multinacionais, que têm políticas anticorrupção, e não veriam com bons olhos o fato de o antigo contrato ter sido intermediado pela TyC (Torneos y Competencias), empresa argentina envolvida no escândalo de pagamento de propinas a cartolas na América Latina. Com o novo contrato, a Fox "limpou" a sujeira que envolvia seus direitos pela Libertadores.
No entendimento de fontes do mercado, o contrato da Globo não vale mais porque é baseado em uma negociação que foi desfeita pela Fox. O atual contrato da Globo, segundo a própria emissora, teve a intermediação da TyC, que não representa mais a Conmebol. Nessa lógica, a emissora pode vir a ter problemas quando for exibir os jogos. A confederação sul-americana poderá não reconhecer o direito de transmissão da emissora, por ter descredenciado a TyC, e impedi-la de reproduzir ou captar sinais.

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