FHC diz que “mercado quer o impeachment”. Se o patrão falou, está falado

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Fernando Henrique Cardoso é daqueles homens que, ao contrário dos vinhos, piora com o tempo.
Aliás, para muitos paladares, faz tempo que virou vinagre.
Hoje, com o país metido numa crise institucional, com o Presidente da Câmara agindo escandalosamente em causa própria com a aceitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff e ele, um ex-presidente da República, tudo o que tem a dizer é que “o mercado gostou“:
— Eu vi que o mercado reagiu subindo, o que significa que prefere que haja o impeachment
Será que não sobrou nem um pouco de responsabilidade institucional em Sua Excelência?
Será que, por vício, não se recorda de que um Presidente é do país e quem deve gostar ou não dele é o povo que o elegeu e será chamado a dizer se ainda gosta ou não nas eleições?

Ou não consegue ver nos outros a necessidade de ser algo além do que ele foi, o Presidente do Mercado?
Não dava para ter saído ao menos um “vamos respeitar as leis e a Constituição” ou um “é preciso serenidade e ver se há base legal”?
Tudo o que tem a dizer sobre o ato de Eduardo Cunha de abrir um procedimento gravíssimo como forma desesperada de escapar de seus próprios crimes é que ele enseja “um grande debate sobre a viabilidade política” do impeachment.
Fernando Henrique Cardoso, de fato, a cada dia, agiganta-se como um anão político.

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