Sudeste e São Paulo perdem espaço no PIB brasileiro

DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA

Mas o estado mais rico do país ainda é responsável por 32% do total. Rio, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul concentram 33%. Entre as regiões, de 2010 a 2013 Norte e Centro-Oeste tiveram as maiores altas
por Redação RBA publicado 19/11/2015 
MEMÓRIA/EBC
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Consumo das famílias foi responsável por 60,2% do crescimento do PIB em 2013
São Paulo – O estado de São Paulo segue concentrando quase um terço da riqueza nacional, mas, assim como o Sudeste, vem perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados hoje (19) pelo IBGE. De 2010 a 2013, São Paulo passou de 33,3% para 32,1% do PIB (perda de 1,2 ponto percentual), enquanto a região foi de 56,1% para 55,3%, indicando ligeira queda da histórica concentração brasileira.
O Sul foi o que mais cresceu em participação, de 16% para 16,5%. O Nordeste passou de 13,5% para 13,6%, e o Norte, de 5,3% para 5,5%, enquanto a região Centro-Oeste permaneceu em 9,1%.

O Brasil cresceu 9,1% de 2010 a 2013. Dezoito unidades da federação cresceram acima da média nacional. Todos os estados do Sudeste ficaram abaixo, com o Rio de Janeiro registrando o pior resultado nesse período (5,7%) – São Paulo cresceu 8,3%. O estado com maior alta acumulada foi Mato Grosso, com 21,9%, seguido do Amapá (18,3%) e do Amazonas (17,3%). A participação de Mato Grosso no PIB é de 1,7%.
Com 7,4% acumulados, a região Sudeste foi a única com crescimento abaixo da média nacional de 2010 a 2013. O Norte subiu 13,6%, mesma taxa do Centro-Oeste, enquanto Nordeste e Sul tiveram expansão próxima: 10,3% e 10,1%, respectivamente.
Apenas em 2013, quando o PIB brasileiro cresceu 3%, 13 estados ficaram acima da média nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul (8,2%), com influência do desempenho positivo da agricultura. O pior resultado foi do Espírito Santo, praticamente estável (0,1%).

Cinco concentram 65,6%

As informações do IBGE apontam ainda que a concentração continua elevada no Brasil: mesmo perdendo espaço, São Paulo concentra 32,1% do PIB, outros quatro estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul) somam 33,5% e as demais 22 unidades da federação, 34,4%. Os cinco primeiros respondiam por 65,6% do total em 2013, ante 65,9% em 2010.
Entre os estados, o Paraná (6,3%) ultrapassou o Rio Grande do Sul (6,2%) no quarto lugar entre os de maior participação no PIB. Em segundo fica o Rio de Janeiro (11,8%) e em terceiro, Minas Gerais (9,2%). Acre, Amapá e Roraima têm as menores taxas (0,2%).
Em valores, o PIB de São Paulo somou R$ 1,71 trilhão, seguido pelo Rio (R$ 626,32 bilhões) e por Minas (R$ 486,96 bilhões). O do Paraná foi a R$ 332,84 bilhões, superando o Rio Grande do Sul (R$ 331,10 bilhões) pela primeira vez na série histórica do IBGE, iniciada em 1995. Os menores valores são dos mesmos estados da região Norte: Amapá (R$ 12,76 bilhões), Acre (R$ 11,44 bilhões) e Roraima (R$ 9,03 bilhões).
O consumo das famílias foi responsável por 60,2% do PIB em 2013. A indústria teve sua menor participação (24,9%), enquanto serviços e comércio tiveram recordes positivos (69,8% e 13,5%, respectivamente).
No ano passado, o PIB brasileiro ficou praticamente estável (0,1%).

Indústria

Também de 2010 a 2013, São Paulo perdeu 3,1 pontos de participação na indústria de transformação, de 41,7% para 38,6%. Minas Gerais caiu de 10,6% para 10,3%, o Rio Grande do Sul cresceu de 8,3% para 9%, o Paraná de 6,8% para 8,4%, e Santa Catarina, de 5,9% para 7,1%. Os oito maiores estados concentram 85,5%.
A própria indústria perdeu espaço na economia brasileira. O setor passou de 27,4% do PIB, em 2010, para 24,9%. Os serviços aumentaram sua presença de 67,8% para 69,8%. A agropecuária também cresceu, de 4,8% para 5,3%.

Em 2015

A Fundação Seade informou hoje que o PIB paulista cresceu 0,2% de agosto para setembro, mas acumula retração de 3,8% em 12 meses, "mantendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014". De acordo com o Seade, também em 12 meses a indústria cai 7,7% e os serviços, 2,1%, enquanto a agropecuária sobe 2,9%.
De janeiro a setembro, a economia paulista cai 4,2%, em comparação com igual período do ano passado. A indústria tem queda de 8,3%, e os serviços, de 2,4%. A agropecuária registra ampliação de 5,3%.

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