Petrobras teve lucro líquido de dois bilhões cento e vinte milhões nos primeiros nove meses de 2015
. |
• O lucro líquido da Petrobras de janeiro a setembro foi 58% inferior ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete o aumento das despesas financeiras líquidas em função da desvalorização cambial e do acréscimo nas despesas com juros.
• Aumento de 149% do lucro operacional em relação aos 9M14, alcançando R$ 28,6 bilhões. O resultado reflete maiores margens de venda dos derivados no mercado interno, maior produção e exportação de petróleo e menores gastos com importações e participações governamentais.
• Elevação de 45% do EBITDA ajustado em relação aos 9M14, atingindo R$ 56,8 bilhões.
• O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 8,3 bilhões ante R$ -12,3 bilhões nos nove meses de 2014.
• Os investimentos totalizaram R$ 55,5 bilhões, 11% menor que o mesmo período de 2014. O segmento de Exploração e Produção no Brasil concentrou 78% dos recursos. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 17,5 bilhões, 36% abaixo do mesmo período do ano passado (US$ 27,3 bilhões).
• Em 30 de setembro, passou a vigorar o aumento de 4% para o diesel e 6% para a gasolina.
Destaques operacionais
• Crescimento de 6% da produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) em relação aos 9M14, atingindo a média de 2 milhões 790 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em setembro, a produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de boed.
• Incremento de 60% das exportações de petróleo em relação aos 9M14, resultando em melhora da balança comercial da Petrobras.
• No refino houve crescimento da participação do óleo nacional na carga processada das refinarias, alcançando 86%. A produção total de derivados no Brasil e no exterior foi de 2 milhões 197 mil bpd, 7% inferior ao mesmo período de 2014, devido à parada programada (RLAM) e não programada (REDUC) em 2015.
Lucro líquido de R$ 2.102 milhões nos primeiros nove meses de 2015 – O resultado foi diretamente impactado pela depreciação cambial ocorrida no período e pelo acréscimo nas despesas com juros, que levaram a um aumento das despesas financeiras líquidas (R$ 23,1 bilhões nos 9M15 vs. R$ 2,1 bilhões nos 9M14).
O resultado operacional alcançou R$ 28,6 bilhões, 149% maior que nos primeiros nove meses de 2014. O crescimento foi impulsionado pelo maior lucro bruto, devido ao aumento da produção e exportação de petróleo, melhores margens de comercialização de derivados (aumentos nos preços de diesel e gasolina em novembro de 2014 e concomitante redução no preço do Brent), bem como menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos compensaram a redução da demanda por derivados no mercado interno, reflexo do menor nível de atividade econômica no Brasil; aumento das despesas tributárias (R$ 6,6 bilhões superior), principalmente, em função da adesão ao Programa de Parcelamento Especial de Débitos Tributários - REFIS; e o impairment de ativos (R$ 1,3 bilhão) decorrente da exclusão de projetos de acordo com as novas premissas do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.
Além disso, o resultado do mesmo período de 2014 foi onerado pela baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente (R$ 6,2 bilhões), perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 3,8 bilhões), baixa de valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,7 bilhões), e provisionamento de despesa com o Programa de Incentivo de Desligamento Voluntário (R$ 2,5 bilhões).
A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado cresceu 45%, somando R$ 56,8 bilhões.
O resultado financeiro registrou uma despesa líquida adicional de R$ 21,0 bilhões em relação aos primeiros nove meses de 2014, em função da maior perda cambial com a depreciação do real em relação ao dólar e ao euro; e do acréscimo nas despesas com juros devido (i) ao maior endividamento, (ii) à menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção e (iii) ao reconhecimento de juros sobre despesa tributária de IOF (R$ 1,4 bilhão) e de IRRF (R$ 1,1 bilhão).
O 3º trimestre de 2015 apresentou prejuízo de R$ 3.759 milhões – O prejuízo decorreu, principalmente, dos efeitos da depreciação cambial, que geraram maiores despesas financeiras líquidas.
O resultado operacional foi de R$ 5,8 bilhões, 39% menor que o do 2º trimestre de 2015, influenciado pelo menor lucro bruto, pela maior despesa com contingências judiciais, principalmente com processos trabalhistas e tributários (R$ 2,3 bilhões), pelos maiores gastos com baixas de poços secos e/ou subcomerciais (R$ 668 milhões) e pelos maiores gastos com devolução de campos à ANP (R$ 270 milhões).
A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado reduziu 22%, somando R$ 15,5 bilhões.
O resultado financeiro líquido do 3º trimestre foi negativo em R$ 11,4 bilhões, representando uma despesa adicional de R$ 5,4 bilhões em relação ao 2º trimestre do ano, em função das perdas cambiais com a depreciação do real em relação ao dólar e ao euro.
Postado em: [Atividades, Institucional]
Comentários