Pela primeira vez um indígena preside a Corte Suprema da Bolívia

Na última semana o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Bolívia deu passo importante para a consolidação do Estado Plurinacional, pela primeira vez um indígena foi denominado para presidir a mais alta instância jurídica do país. O juiz Pastor Mamaní foi eleito com 5 votos a favor e 4 contra. 


Los Tiempos
Mamaní reconhece que o empoderamento do povo indígena se deve às mudanças estruturais realizadas nos últimos anos na BolíviaMamaní reconhece que o empoderamento do povo indígena se deve às mudanças estruturais realizadas nos últimos anos na Bolívia
“Depois de quinhentos anos um indígena, pela primeira vez na história, ocupa este alto cargo que é a presidência do Tribunal Supremo de Justiça. Isto tem a ver com as mudanças estruturais que aconteceram no país”, afirmou Mamaní.

O novo presidente do TSJ é o terceiro desde a criação desta instância, é oriundo da região de Potosí, licenciado em Direito Pela Universidade Autônoma Tomás Frías de Potosí e graduado em Magistério pela Escola Mariscal Sucre.

Manami se comprometeu a continuar o trabalho e aplicar os aprendizados do ex-presidente da instância, Von Borries, que se afastou da função por problemas de saúde. Garantiu que vai dar continuidade ao processo de mudanças que a justiça boliviana vive nos últimos anos. “Esta pessoa que pela primeira vez chega a ocupar este cargo sempre estará com contato com seu povo e com os indígenas deste país”, garantiu.

O novo presidente do TSJ também anunciou que vai implementar um canal de comunicação direta com o sistema judicial indígena que alguns juristas consideram “órfão” do Estado. Disse que seu principal desafio é retomar a credibilidade da administração da justiça e lutar contra a corrupção no país.


Do Portal Vermelho, Mariana Serafini, com agências

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