Globo aterroriza seus jornalistas com demissões após férias e plantões

O jornalista Sidney Rezende, 57 anos, em programa GloboNews: demitido após criticar a mídia - Reprodução/Globo News
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Notícias da TV - Daniel de Castro - 17/11/2015


Uma das empresas mais estáveis para se trabalhar, a Globo está passando por uma fase atípica. Um clima de terror se instalou nos bastidores do jornalismo da emissora nas últimas semanas, consequência de uma série de demissões após plantões e férias. Na última sexta-feira (13), a demissão de Sidney Rezende, um dos profissionais mais antigos da GloboNews, onde apresentava telejornais vespertinos, só ampliou a insegurança. Ele tinha contrato até fevereiro.

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Embora em seu site Rezende também publique notas positivas sobre Os Dez Mandamentos e A Fazenda, carros-chefes da programação da Record, na Globo não há dúvidas que o "desabafo" político teria sido crucial para a demissão do jornalista. "Agora está todo mundo com medo de se manifestar politicamente", diz um experiente repórter da Globo. "A piada interna é de que isso é o terrorismo made in Globo".
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Outros dois funcionários importantes foram demitidos após cumprirem plantão, causando comoção na equipe, porque a chefia teria esperado os profissionais terminarem o trabalho do fim de semana para então abrir mão deles. Foram os casos de Fabio Watson, havia quase 30 anos na casa, e de Happy Carvalho, a mais experiente produtora do canal.
Uma fonte na Globo, aguçada observadora dos bastidores da emissora, afirma que os nervos estão à flor da pele porque as pessoas estão percebendo que alguma coisa anormal está acontecendo, mas não se sabe direito se os motivos são políticos, pessoais, ou por cortes de custos ou mudança de filosofia. Falta clareza, resume ela, o que aumenta a sensação de insegurança.
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