‘É bárbaro prolongar sanções contra Rússia após ataques terroristas’

Valentina Matviyenko e Sergei Naryshkin durante a reunião conjunta de ambas as câmaras do Parlamento russo, 20 de novembro de 2015

Sputnik News - 20/11/2015

Os planos de vários países de prolongar sanções contra a Rússia parecem absurdos e bárbaros no contexto de tragédias horríveis que significa que a esses países falta a moral política, disse o presidente da Duma de Estado russa, Sergei Naryshkin.

“Ainda agora o Ocidente está discutindo a hipótese de prolongar as chamadas sanções contra a Rússia. No contexto de recentes tragédias horríveis isso parece nem só absurdo, mas digamos bárbaro e estúpido. Pelo menos, isso significa que elites de alguns países ocidentais têm problemas de moral política e consciência. Estou convicto que os próprios povos não compreendem estes políticos”, disse o presidente da câmara baixa do parlamento russo na reunião conjunta do Conselho de Federação e Duma de Estado pela luta contra o terrorismo.

Segundo o político, estas questões já se tornaram retóricas. Expressou a sua confiança em que o Ocidente está preocupado com o destino do mundo e que todos os parceiros russos se mostrarão racionais e expressarão mais vontade de cooperar com Moscou que confrontar.
“Quem explicará porque na situação destas promovem o prolongamento de sanções contra os políticos e deputados russos […], é que não precisam do diálogo em condições atuais?”, afirmou Naryshkin.
Na quarta-feira (18), a Rússia submeteu à consideração do Conselho de Segurança da ONU um projeto da resolução sobre esforços conjuntos na luta contra o terrorismo que entre outras coisas se tornou uma consequência da tragédia do avião russo na península do Sinai. A França também apresentou o seu projeto da resolução que apela a coordenar ações contra o terrorismo depois dos atentados de 13 de novembro em Paris.
Os EUA e alguns dos seus aliados aplicaram sanções contra a Rússia alegando a ingerência de Moscou nos assuntos internos da Ucrânia, por conta da crise em Donbass.
O Kremlin nega veementemente qualquer participação no conflito ucraniano e tomou medidas restritivas de resposta.

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