Petrobras, 63 anos: os gigantes e os anões

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Há 63 anos, Getúlio Vargas assinava a lei de criação da Petrobras e do monopólio estatal do petróleo.

Era o coroamento da luta de décadas de brasileiros, ilustres e anônimos, que sonharam com a libertação econômica de um país estrangulado pela ausência do combustível que, já há mais meio século, movia a economia do mundo e provocara a ascensão dos EUA à condição de maior potência mundial, superando a Inglaterra do carvão e do vapor.

Sessenta e três anos são menos que a vida de um homem, são um minuto na vida de um país, mas como são uma eternidade na saga de um empresa que saiu do zero, dos equipamentos carregados no lombo de burro no litoral da Bahia, sem estradas, para uma das maiores e mais capazes companhias de petróleo do mundo.

De míseros 200 para 3 milhões de barris diários de petróleo e gás por dia são a menor medida desta caminhada.


As maiores são a economia moderna que pudemos construir, os trilhões de dólares que ficaram aqui por não se despatriarem com a importação de petróleo e, maior de todas, ter descoberto jazidas que nos abrem, até onde se pode ver, a garantia de podermos continuar a contar com o petróleo e ter, até, excedentes que possam financiar sua exploração sem os sacrifícios que isso, hoje, impõe.

A Petrobras sempre foi odiada pelos inimigos da independência do Brasil.

Os ratos que, devendo tudo a ela como funcionários graduados, roeram-lhe milhões são abjetos e, por mais que escapem livres pelos estratagemas de “delação” que montaram, hão de ser malditos até o último dia de suas existências como quem rouba de sua própria mãe.

Mas não será só deles este destino de maldição do povo brasileiro.

Há os que, mesmo não embolsando dinheiro, venderam as ações da pátria que se contém na Petrobras, por desamor ao país, por submissão colonial, por idolatria ao capital que é, para eles, o Deus que move o mundo.

Nenhum deles, porém, terá tamanho para vencer o gigante que despertou pelas mãos de Vargas.

Quebraram-lhe o direito do monopólio, mas onde estão os investimentos e as descobertas dos “sábios” estrangeiros, já há 20 anos autorizados a explorar o petróleo brasileiro?

É a Petrobras quem opera os poços de onde sai 92% de nosso petróleo e 95% do gás natural.

Os anões morais que desejam destruir a Petrobras vão continuar tentando.  Servem-se, agora, do momento que a queda dos valores do petróleo está impondo severos prejuízos e restrições a todo o setor, mundialmente, e das dificuldades que planos de investimento –  postos em marcha quando o barril valia o dobro do que vale agora -obrigam a empresa a sofrer rearranjos  e embutem tudo isso na conta da corrupção.

Podem ter, como os anões de Liliput, amarrado Gulliver ao chão por algum tempo. Mas, não demora, o gigante se levanta e eles se reduzem, outra vez, à pequenez de quem não ama o Brasil.

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