Lula disse preferir que o candidato do PT para 2018 seja “uma pessoa mais nova”.

Lula critica mídia e golpistas e conclama união dos brasileiros para superação da crise

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou, na manhã desta sexta-feira (23), o tamanho de sua fé no Brasil e na capacidade da economia nacional de se recuperar e voltar a crescer. Em entrevista à Rádio Metrópole, em Salvador (BA), Lula disse que os brasileiros precisam levantar a cabeça e pensar positivamente.
“Vamos à luta, não dá pra ficar parado. Por que eu tenho muita fé no Brasil? Porque temos um mercado interno extraordinário. 200 milhões de pessoas querendo ir às compras e a garantia do emprego é a economia girar”, declarou, ao lembrar que o País enfrentou uma crise financeira semelhante em 2008, quando iniciou-se a crise econômica e financeira mundial.

O ex-presidente lembrou a estratégia adotada por ele na época para manter o consumo e os investimentos. “No auge da crise, a imprensa publicava que o povo não ia às compras por medo de desemprego. Chamei o Franklin Martins (ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social), pedi que fosse convocado um pronunciamento, e disse: Vou chamar o povo pra ir pras compras”, recordou.
“Fui para TV. Falei que se o povo deixar de comprar, o comércio deixa de vender e a indústria não produz. Se você está com medo de consumir para não perder o emprego, se você não consumir você vai perder o emprego mais rápido ainda”, pontuou Lula.
Campanha 2018 - O ex-presidente Lula negou que esteja ensaiando voltar ao Poder e candidatar-se novamente à Presidência da República nas próximas eleições. O petista disse preferir que o candidato do PT seja “uma pessoa mais nova”. “Pode ser um baiano, um gaúcho, um pernambucano, queria que fosse uma pessoa mais nova”, completou.
“O Brasil precisa de novas lideranças, se tudo saísse como eu queria, o Eduardo Campos (PSB – falecido em 2014) seria vice da Dilma e em 2018 seria candidato a presidente. Vamos preparar alguém para 2018. Precisa ter alguém nesse País para ser presidente de todos. E na hora de repartir o pão, ele precisa dar um pouquinho a mais para o pobre”, declarou Lula.
No entanto, Lula disse que a oposição já está preocupada “com evitar a possibilidade”. O petista disse ainda que sua intenção é “conversar com o povo brasileiro”, falar sobre o ódio ao PT e desmontar a crescente campanha de intolerância e golpismo contra a presidenta Dilma Rousseff.
“Eles (oposição) perderam a quarta eleição e não se conformam. Porque eles tentam destruir a mandato de uma pessoa que nem começou? Vou começar a bater asas. Vou pro nordeste, vou pra porta de fábrica. O País tem coisas muito mais importantes do que aquilo que aparece nas páginas e manchetes dos jornais”, observou.
Mídia e golpismo - Questionado sobre as recorrentes tentativas da oposição e de parte da imprensa de ligá-lo aos casos de corrupção da Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato, Lula disse não se preocupar.
“Eu fico tranquilo, há muito tempo aprendi a não ficar nervoso. Quando alguém faz uma manchete cretina, eu deixo ele nervoso não lendo, eu não vou ficar batendo boca”, declarou.
Para ele, essa é apenas uma das estratégias da oposição para desestabilizá-lo. “O papel da oposição é tentar matar seu adversário. Eles fazem assim: se eu não posso na política, vou tentar de outro jeito. Antigamente, se esperava atrás de uma moita e se matava, hoje em dia não se faz mais isso”, disse.

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