Folha: Os endereços da Casa Grande de São Paulo


Aqui a elite provincial esbanja e fala mal do Brasil ! - PHA​
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Elite paulistana mantém hábitos e faz de estabelecimentos ilhas sem crise

O empresário Antônio Thamer Butros, 72, passa ao menos 30 horas por semana em um dos restaurantes mais caros de São Paulo.

Um dos clientes mais antigos do A Figueira Rubaiyat, ele tem seu nome gravado em taças, baldes de gelo e facas de carne usadas durante as refeições. Um mimo oferecido apenas aos "habitués" da casa.

"Depende de quantas companhias eu tenho, mas costumo beber de seis a 12 garrafas por dia", diz ele, que prefere a Dom Pérignon, vendida a R$ 1.028 no local.


A fidelidade de clientes da classe alta ajuda a equilibrar as contas de vários estabelecimentos voltados para a elite paulistana, que conseguem manter bons números apesar do mau momento econômico do país.

Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes apontam para uma queda média de 13% no faturamento do setor em São Paulo no primeiro trimestre de 2015, ante o mesmo período do ano anterior. Mas a agenda de reservas do A Figueira Rubaiyat, lotada até janeiro, indica que por ali tudo anda muito bem, obrigada.

Mesmo quem se diz afetado pelo sentimento de incerteza percebe menos mudanças. Nas casas do Grupo Fasano, por exemplo, o faturamento ficou só 2% abaixo do previsto em 2015. "Não é uma queda brusca, mas sim, algo positivo em um momento de crise forte", diz Rogério Fasano.

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'ILHAS SEM CRISE'

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 Circulando pelo mesmo shopping [Higienópolis], a professora aposentada Sandra Aparecida de Amo, 61, diz que se recusa a "alterar seu modo de vida para baixo". Na tarde de quinta (8), ela saía do salão de beleza Studio W, –do cabeleireiro Wanderley Nunes, que atende celebridades–, após gastar em torno de R$ 700 para hidratar, escovar e pintar as raízes do cabelo.

"A pior coisa da crise é que afeta nosso moral. É muito deprimente", diz. A solução seria "se dar prazer". Por isso, se prepara para iniciar a "reforma dos sonhos" no apartamento que comprou em Santa Cecília, mas se preocupa com o preço dos materiais importados. "Como, por exemplo, uma banheira feita de uma rocha vulcânica. Ela é ótima porque não amarela e mantém a temperatura da água. Ah, mas eu não vou me privar dessa banheira!", afirma.

O fluxo de pessoas na rede de salões Studio W, frequentada por Sandra, continua estável em relação a 2014. Por dia, são feitos entre 150 e 650 atendimentos nas quatro unidades da capital. Além disso, o valor médio que cada cliente gasta nos salões da marca só aumenta.

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