EUA prometem US$ 100 milhões à oposição síria

Rebeldes do Primeiro Batalhão sob o grupo de oposição Exército Livre da Síria participam de treinamento militar em 10 de junho de 2015, nos arredores de Aleppo.
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Sputnik News - 31/10/2015

Os Estados Unidos prometeram neste sábado aumentar em quase US$ 100 milhões a ajuda para a oposição da Síria, elevando o montante total ofertado para aproximadamente US$ 500 milhões desde 2012.

Segundo a agência Associated Press, o secretário adjunto de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou a assistência adicional na conferência de segurança conhecida como Diálogo Manama, no Bahrein.
A promessa norte-americana foi anunciada um dia após os EUA informarem que estavam intensificando o combate contra o grupo Estado Islâmico na Síria, com o deslocamento de até 50 militares das tropas de operações especiais. Os recursos prometidos pelos norte-americanos devem apoiar os conselhos locais e provinciais da Síria, além de ativistas da sociedade civil, serviços de emergência e outras necessidades no país.
Durante o evento no Bahrein, o ministro das relações exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse que o momento da partida do atual presidente sírio, Bashar Assad, e a retirada de combatentes estrangeiros continuam a ser os principais pontos de atrito na busca por uma solução duradoura para a guerra civil na Síria.
Os comentários de Al-Jubeir e Blinken foram feitos poucas horas após encontro em Viena, onde os dois países concordaram com outras nações em fazer um novo esforço de paz envolvendo grupos do governo e da oposição da Síria.
Al-Jubeir minimizou o significado do que foi alcançado nas conversações em Viena, declarando, no Bahrein, que as autoridades não têm conseguido chegar a um acordo. Ele afirmou que a política da Arábia Saudita sobre a Síria não mudou e o país deve continuar a apoiar o que foi descrito como uma oposição síria moderada.
A autoridade também definiu a presença de forças estrangeiras, particularmente tropas iranianas, como um obstáculo para acabar com a luta de uma guerra que já matou mais de 250 mil pessoas e forçou o deslocamento de 11 milhões. Combatentes pró-iranianos do Líbano, Iraque e Afeganistão também viajaram para a Síria com o objetivo de lutar ao lado das forças de Assad, lamentou o diplomata.
Al-Jubeir também deixou claro que as negociações não fizeram nada para mudar a posição da Arábia Saudita sobre a necessidade da saída de Assad. "O ideal é que ele saia esta tarde. Quanto mais cedo melhor", disse a autoridade.
Blinken foi menos contundente quando se tratou de um calendário para a saída de Assad. Ele sugeriu que a intervenção militar russa na Síria, embora seja amplamente vista como um forte sinal de apoio à Assad, pode acabar incentivando Moscou a trabalhar em direção a uma transição política que o retire do poder.

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