TIJOLAÇO: Risco de “apagão” cai a zero. Miriam Leitão, se quiser que fale da água de São Paulo…


Você se recorda das previsões catastróficas de “apagão elétrico”?
Pois acaba de dar no Valor“O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico informou nesta quarta-­feira que o risco de déficit (desabastecimento) de energia no sistema elétrico brasileiro em 2015 é zero, segundo análises realizadas pelo comitê no início deste mês.”
Verdade que a estagnação da economia ajudou mas isso não é tanto assim, porque o consumo de energia segue quase no mesmo nível de 2014, com pouquíssima redução.
Ontem, por exemplo, a carga no Sistema Integrado Nacional foi de 63 mil megawatts médios, mais que os 61,4 mwmed de 1º de setembro de 2014, uma segunda-feira, e pouco menos que os 64 mil mwmed registrados no dia 2, uma terça-feira como a de ontem.
Apesar das chuvas mais fracas em agosto, o nível dos reservatórios, ontem, encontrava-se em 34,1%, quatro pontos percentuais acima dos 30% registrados na mesma data há um ano.

Situação longe de ser confortável, mas longe também de apresentar riscos.
“O sistema elétrico apresenta­-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações”, diz a nota do Conselho, informando haver uma folga de 9,3 mil mwmed para atender a eventual aumento de consumo.
Como esta madrugada  ainda, mostrou-se aqui  que, ao contrário, a situação dos reservatórios que abastecem São Paulo (inclusive, claro, sua indústria e serviços econômicos) está significativamente pior que na mesma época de 2014, espera-se que a catastrófica Miriam Leitão se digne a fazer alguns comentários, chamar os seus “especialistas” para falar da imprevidência, da incapacidade, da imobilidade do governo paulista diante do caos que já obrigou hoje diversos municípios do interior a decretarem o racionamento de água.
Do contrário, vamos ficar imaginando que ela acabe dizendo que São Pedro é “bolivariano” e está boicotando o Alckmin.
Ou que, pelo desejo de derrotar o Governo Federal, advogou por um racionamento de energia que ajudasse a aprofundar as dificuldades econômicas do país.

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