Rússia, Forças Sírias, Hezbollah e Irã coordenam áreas de influência, deslocamentos e tarefas
Tradução Vila Vudu
Sinopse:
– Forças Especiais do Irã chegaram a Damasco essa semana para se unirem às da Rússia e do Hezbollah.
– Áreas de influência, deslocamentos e tarefas estão sendo distribuídas entre Rússia, Forças Sírias, Hezbollah e Irã.
– Rússia ficará encarregada de Lattakia, Hama e Aleppo.
– Irã ficará encarregado de proteger Damasco, Daraa, Quneitra e o Golan até fronteiras israelenses.
– Hezbollah será alocado nos fronts contra al-Qaeda e o grupo chamado ‘Estado Islâmico’.
– Hezbollah está formando sua primeira nova brigada blindada, de 75 tanques recém recebidos.
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De Damasco (Elijah J. Magnier):
Fonte de alto escalão em Damasco revelou que “Irã e Rússia estão enviando unidades especiais de combate para os fronts em várias cidades da Síria”.
“Foi criada uma sala de operações militares conjuntas para distribuir tarefas, definir áreas e cidades para influência e deslocamento, e coordenar ataques e necessidades de cada força engajada em solo – entre Forças Especiais da Rússia, do Irã, da Síria e do Hezbollah –, cobrindo toda a geografia síria. Rússia será encarregada de Lattakia, Hama e de algumas partes da província de Aleppo. Irã dará proteção à capital, Damasco, e abaixo, até Daraa, Quneitra e o Golan, até as fronteiras com Israel. Hezbollah evacuará suas posições próximas de Homs, e será alocado nos fronts contra al-Qaida (Frente al-Nusra) e as forças do grupo chamado ‘Estado Islâmico’ (ISIS). As unidades de mísseis russos com 240 e 330mm, serão deslocadas e terão a missão, associadas aos jatos da Força Aérea, de apoiar o avanço das tropas em solo (Forças do Irã, do Hezbollah e da Síria” – disse a fonte.
A vanguarda das Forças Especiais do Irã especializadas em guerra urbana começam a chegar a Damasco. Avião militar iraniano transportando 100 oficiais e soldados pousou no aeroporto de Damasco, nessa 3ª-feira. Já há em solo sírio especialistas e conselheiros militares iranianos, além de voluntários. Dessa vez, o Irã enviará soldados da Corpo de Guardas Revolucionários do Irã, que se envolverão oficialmente na Síria. É o resultado da visita que o comandante Qassem Soleimani, do CGRI, fez a Moscou, para coordenar o apoio a Damasco, na defesa do regime do presidente Bashar Al-Assad.
Damasco deu ao Hezbollah 75 tanques, para serem integrados ao armamento da organização. É a primeira brigada blindada sob comando do Hezbollah, constituída de tanques T-72 e T-55 novos, para apoio das Forças Especiais da organização em solo.
A mesma fonte concluiu: “A intervenção e envolvimento diretos da Rússia na guerra da Síria foram decididos depois que a Turquia violou linhas vermelhas, para garantir instalações e apoio à al-Qaida e seus aliados para entrarem na Síria até Kessab e, depois, até Idlib. Provocaram o urso russo, que entende que seus interesses nacionais estão sendo ameaçados. O ataque contra Idlib desequilibrou o confronto em toda a Síria. Imediatamente, Rússia e Irã informaram à Turquia que a ação teria consequências sérias e que se haviam criado riscos contra a segurança nacional dos dois estados, Irã e Rússia.
Ao ver a reação em solo e a intervenção direta de Rússia e Irã, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou que Assad, sim, poderia ser parte do futuro da Síria.
É uma espécie de desculpas tardias pelo erro estratégico que, agora, tem de ser corrigido. O movimento errado da Turquia em Idlib já empurrou até os EUA e a Europa para bem perto de se porem a cantar “Viva o presidente Assad!”
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