Prensa Latina: Juiz insiste em inquirir contas de campanha da presidenta brasileira

 Brasília, 2 set (Prensa Latina)

 Um novo pedido de investigação sobre supostas irregularidades nas contas da campanha eleitoral de 2014 da presidenta brasileira Dilma Rousseff ganha hoje a atenção da justiça federal.
Trata-se de outra solicitação do magistrado Gilmar Mendes, a qual se registra pouco depois que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, arquivasse na semana passada uma primeira petição desse juiz, ao considerar a inexistência de anomalias nas contas de Rousseff.

Janot assinalou que nos fatos propostos por Mendes não se expõem evidências suficientes para realizar investigação e alertou sobre a adoção de um protagonismo exagerado da Justiça Eleitoral e do Ministério Público em democracia.

Afirmou que os relatórios financeiros da campanha da presidenta foram aprovados pelo pleno do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) em dezembro passado.

No entanto, Mendes insistiu em seu reclame e orientou o Procurador cumprir com suas funções neste caso.



Tal situação, a julgamento de advogados, gera uma disputa judicial, na qual o STE parece se atribuir responsabilidades fora de sua jurisdição.

Após a primeira solicitação do juiz, ocorrida há 12 dias, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o secretário de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, ratificaram a validade das doações registradas na campanha de Dilma Rousseff.

Em comunicados difundidos em seus portais digitais, o PT e Edinho Silva, que foi em 2014 o tesoureiro de Rousseff, assinalam que as contribuições de entidades privadas estão autorizados pela legislação e foram entregues e contabilizadas de acordo com as regras da justiça eleitoral.

Edinho Silva alerta também sobre um fundo político na decisão de Mendes, e sua ligação com o opositor Partido da Social Democracia (PSDB), cujo candidato à chefe de Estado foi derrotado nas urnas e busca de maneira absurda invalidar a vitória de Dilma Rousseff, a candidata do PT.

Em seu pedido, o magistrado assinala a existência de indícios de que a campanha eleitoral foi financiada com dinheiro desviado da Petrobrás. Informações refletidas em atas mostram que o PT foi indiretamente apoiado pela petroleira estatal, o que está proibido pela lei, indica.

Meios políticos advertiram também sobre esta decisão de Mendes, a qual veio à público após o líder da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, um adversário do governo, ser acusado de receber propinas ilegais de empresários vinculados ao escândalo de corrupção na Petrobrás.

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Modificado el ( miércoles, 02 de septiembre de 2015 )

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