PHA: Quem tem que mandar mesmo é o Barbosa

É mais fácil achar um contador do que um que pense o Estado.



O PiG se presta, outra vez, a promover a cizânia no Governo Dilma, para enfraquecê-lo e, de preferência, submetê-lo à máxima vergonha, de sua medíocre perspectiva: as agências de risco condenarem a Dilma ao Inferno que o Fernando Henrique frequentou !

No momento, o objetivo pigal é apressar a saída do Levy.

O que significaria o rompimento definitivo da Dilma com o neolibelismo (ver no ABC do C Af). 

(O neolibelismo, como se sabe, é uma das muitas formas de ver a realidade. Só que os neolibelistas querem transformar essa visão na própria realidade …)

Se o Levy sair … e daí ?

A casa vai cair ?

Não !


Como diz o Stedile, há muitos contadores/economistas por aí.

É o que não falta.

O que falta é economista que saiba pensar além da “ciência” da Economia.

Que tenha visão de Estado.

Que tenha um projeto do país na cabeça.

E isso o Nelson Barbosa tem muito mais do que o Levy.

Não será novidade se o Ministro do Planejamento assumir, de fato, a formulação da Política Econômica.

O Delfim Netto era Ministro do Planejamento e conduzia a política econômica do Governo Figueiredo.

João Paulo dos Reis Velloso era Ministro do Planejamento de Medici e não conduzia a política econômica, porque quem mandava era o Delfim.

Mas, no Governo Geisel, Velloso mandava no Ministro da Fazenda, o Simonsen.

Cerra era o Ministro do Planejamento do Príncipe da Privataria, mas quem mandava era o Malan, o árbitro da relação do Governo neolibelês com o FMI.

(Veja na entrevista ao Azenha que o ansioso blogueiro revela, no “Quarto Poder”, que o Príncipe rifou a Petrobras ao FMI antes de ser, sequer, candidato a Presidente…)

Cerra passou o Governo todo a boicotar o Malan – aos colonistas (ver no ABC do C Af) que o chamam de Cerra, ele dizia que o Malan tinha montado um “populismo cambial”. Dizia em “off”, como convém aos corajosos…)

Controla a política econômica de um Governo quem o Presidente/a quiser.

E quem tiver mais visão de Estado.

É mais fácil encontrar um Levy do que um Nelson Barbosa.

Ajuste, todo mundo quer.

Mas, um ajuste que distribua melhor as pancadas no lombo – de ricos e pobres.

(Já leu o Piketty, Levy ?)

Um ajuste que inspire a confiança em que, daqui a pouco, a maré passa.

E o Brasil cumprirá seu inevitável destino de se tornar uma nação próspera e mais igual.


Paulo Henrique Amorim




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