Kiko Nogueira: O que mostra a fraude do site pró-impeachment.

Postado em 11 set 2015
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O site que pede o impeachment de Dilma, lançado por deputados de oposição e alguns da base aliada na quinta (10), é um símbolo do momento: corruptos clamando pelo fim da corrupção.
A fraude está escancarada na maneira como ele funciona.
O endereço está aqui.  O sujeito clica e vai parar na change.org, plataforma para a criação de abaixo-assinados. Qualquer um pode participar quantas vezes quiser, com quantos nomes e emails for capaz de criar.
Não é necessário nenhum dado real.
Não à toa, a “petição” já tem, no momento em que escrevo, mais de 410 mil “assinaturas”. O “objetivo” é 500 mil. É a Ashley Madison golpista, a farra do robozinho revoltado.

O manifesto sob medida para otários fala o seguinte: “CHEGA!! Os brasileiros não aceitam mais: Mentiras; Crise ética/moral”. Segue uma palavra de ordem, provavelmente tirada do repertório do pitbull do PSDB Carlos Sampaio: “Estamos ao lado da população, indignados com tanta bandalheira!”
Uma frase de Hélio Bicudo, cujo parecer jurídico está servindo de base para o pedido de impedimento, ilustra a home: “Golpe será permitir que o estado de coisas vigente se perpetue”.
O DEM, como era de se esperar, tirou o corpo fora, jogando a bola para o Change. Um dos diretores no país alegou que o controle é “bastante avançado”.
Ora, basta ele entrar ali para fazer um teste e notar que sua empresa está sendo conivente com uma farsa histérica.
O site, em si, não tem serventia prática no processo de impeachment. Causa espuma e contribui para a imensa onda de desinformação que assola o Brasil.
Seus autores são fraudadores, contando com a cumplicidade de milhares de outros fraudadores para perpetrar uma fraude.

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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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