GGN: Novo delator da Lava Jato diz que abriu conta na Suíça para pagar Eduardo Cunha

Jornal GGN - O lobista do PMDB João Henriques disse à Polícia Federal, na semana passada, que abriu uma conta na Suíça para pagar propina referente a um negócio da Petrobras na África, a pedido de Felipe Diniz, filho do deputado Fernando Diniz (PMDB), morto em 2009. Segundo o delator, há dois meses ele descobriu, por meio de autoridades suiças, que o destino do repasse era o deputado Eduardo Cunha (PMDB).
O Estadão publicou o trecho da delação de Henriques nesta segunda-feira (28). Nela, o lobista afirma que teve problemas com a conta, que acabou passando por processo de bloqueio. A Folha de S. Paulo apurou que o empresário é investigado na Suíça, mas as autoridades não quiseram informar a situação de Eduardo Cunha, que seria o titular da conta que recebeu a propina.

No depoimento divulgado, Henriques não fornece detalhes sobre o valor e a data em que teria feito o depósito. Há a informação de que a propina é referente à compra pela Petrobras de um campo de exploração em Benin.
Ainda de acordo com o jornal, Henriques teria dito à força-tarefa da Lava Jato que seu nome foi indicado pelo PMDB à diretoria da Petrobras para a área de Internacional. Mas ele afirmou que o PT não concordou com a indicação.
"O relato de Henriques, ocorrido na sexta-feira, 25, amplia as suspeitas sobre o presidente da Câmara. Outros dois alvos da Lava Jato, o executivo Júlio Camargo e o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, relataram que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões em propinas na contratação de navio sonda da Petrobrás, em 2006. O presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro", escreveu o Estadão.
Cunha, dessa vez, decidiu não comentar as novas revelações da Lava Jato. O deputado informou à imprensa que o assunto é de competência de seu advogado. Na mesma entrevista cedida a jornalista na tarde desta segunda, Cunha falou que ainda essa semana pretende destravar a análise dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff.

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