Brasil dá contribuição significativa e ambiciosa para redução de emissões, afirma presidenta

Ao falar sobre a Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada, conhecida como INDC, que o Brasil levará à Conferência do Clima, em Paris, a presidenta Dilma Rousseff garantiu que o país foi o único a assumir uma meta absoluta para redução de emissão de gases de efeito estufa. Ela definiu a contribuição brasileira como “significativa e ambiciosa”.

Os compromissos assumidos pelo Brasil não vão comprometer o crescimento do país de forma sustentável, garantiu a presidenta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A proposta do Brasil prevê reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030. Para isso, destacou a presidenta, o país prevê chegar ao fim do desmatamento ilegal em 2030, além de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares; recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e integrar cinco milhões de hectares de lavoura, pastagem e pecuária.

“O Brasil tem feito um esforço grande no sentido da preservação ambiental, inclusive, de forma voluntária, a partir da COP-15 em Copenhague”, destacou.

Dilma reforçou que os compromissos assumidos pelo Brasil não vão comprometer o crescimento do país de forma sustentável. “A nossa INDC considera também ações de mitigação e adaptação e nós também consideramos necessidades de financiamento e transferência de tecnologia e formação de capacidades. Agora, nós estamos fazendo as nossas metas com os nossos recursos. Obviamente, se tivermos mais recursos, ou faremos as metas mais rápido ou podemos, inclusive, aumentá-las”, garantiu.

A presidenta enfatizou que o Brasil utilizou os preceitos da Rio+20 para trabalhar por metas de desenvolvimento que articulem também políticas de inclusão social. “Eu acredito que o mundo dá um passo muito importante ao articular um esforço comum de cooperação, de construção de um caminho tanto para a sustentabilidade do nosso planeta como para a prosperidade das pessoas e dos países”, disse.