Prisão de Dirceu já impede crimes de acusados na "lava jato", diz Sergio Moro

Para o juiz federal Sergio Moro, a prisão preventiva do ex-ministro José Dirceu já é suficiente para “interromper a atividade delitiva” de um dos grupos investigados na operação “lava jato”. Em despacho desta quinta-feira (12/8), Moro revoga as prisões processuais de três investigados sob a suspeita de terem se juntado a Dirceu a para lavar dinheiro e praticar atos de corrupção por entender que prender o ex-ministro da Casa Civil, um dos “principais responsáveis pelos delitos praticados no âmbito deste específico grupo delitivo”, basta.
Moro afirma que prisão preventiva serve para debelar a corrupção sistêmica.Agência Brasil
Moro mandou soltar Roberto Marques e Luiz Eduardo de Olveira e Silva, irmão do petista, e Pablo Alejandro Kipersmit. O juiz afirma que eles, “pelas provas colhidas”, são auxiliares do ex-ministro da Casa Civil na “operacionalização de recebimento de propinas e lavagem de dinheiro”.
Sobre Marques e Luiz Eduardo, Moro afirma que, ”apesar da prova do envolvimento deles em atividade criminal, em parte aliás por eles confessada nos depoimentos anteriores, quero crer que a decretação e a manutenção da prisão preventiva de José Dirceu seja suficiente, nesse momento processual, para interromper a atividade delitiva do grupo”. Quanto a Kipersmit, o magistrado entende faltarem provas para manter a preventiva. Ainda não há denúncia contra nenhum dos quatro.

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