Palestinos que moram em Israel também vivem sob clima agressivo

Mesmo palestinos que vivem em Israel e que possuem a cidadania do país experimentam as injustiças proporcionadas por Tel Avivi. De passagem pelo Brasil, Awad Abdel Fattah, secretário-geral do partido árabe-israelense Balad abordou este tema e lembrou que o problema palestino segue sem nenhuma solução.


Awad Abdel Fattah, secretário-geral do partido árabe-israelense BaladAwad Abdel Fattah, secretário-geral do partido árabe-israelense Balad
Cerca de 20% da população de Israel é palestina, mas, mesmo assim, eles são tratados como cidadão de segunda categoria. “A questão palestina segue em aberto, assim, prolongando o sofrimento e a tragédia do povo da região. Não há uma única família que não tenha sofrido algum tipo de opressão.

Awad ressaltou que os palestinos que moram em Israel convivem com um clima bem agressivo. “Quando o governo israelense diz que os palestinos que vivem no país são um perigo para Israel por terem um maior crescimento demográfico do que a população judia isso estimula o ódio na sociedade contra os muçulmanos”, disse.

Diante do recente caso de um bebê palestino queimado na Cisjordânia por colonos ultra-ortodoxos israelenses, ele contatou que esta não é a primeira vez que este tipo de violência acontece, lembrando que no ano passado, um jovem de 14 anos também sofreu o mesmo tipo de agressão.



“Nós entendemos que os assentamentos carecem de legitimidade. A convenção de Genebra impede este tipo ação e diversos organismos da ONU já condenaram. Essa colonização, além de tudo, prejudica as negociações de paz. Israel não aceita parar com a construção de assentamentos, o que inviabiliza um acordo.

Durante sua passagem pelo Brasil, o político palestino ressaltou as dificuldades que existem para a população palestina que mora em Israel como leis específicas aplicadas em relação aos palestinos, limitações de segurança, truculência policial e dificuldades para conseguir obter uma propriedade.

Nas últimas eleições, quatro partidos árabes que atuam em Israel se uniram e conseguiram 13 vagas no Parlamento israelense.

“Nós não queremos a morte para ninguém, nós queremos a vida, a liberdade para o nosso povo, a paz para todos. Nós queremos a justiça para todos, sem ninguém dominar ninguém, em um Estado democrático, que atenda seus cidadãos de forma igual”.



Do Portal Vermelho, por Tayguara Ribeiro

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