Kerry diz que se EUA romperem acordo nuclear com Irã, dólar será afetado


O secretário de Estado americano, John Kerry, fala sobre o acordo nuclear iraniano, em Nova York, no dia 11 de agosto de 2015

Se os Estados Unidos romperem com o acordo histórico alcançado sobre o programa nuclear do Irã, especialmente em caso de rejeição pelo Congresso, o dólar seria afetado como moeda internacional, declarou nesta terça-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.

Se "recuarmos e rejeitarmos o acordo (...) é uma receita muito rápida, meus amigos, para que o dólar deixe de ser a moeda de reserva global", alertou Kerry durante uma conferência em Nova York organizada pela agência de notícias Thomson Reuters.

"Se os Estados Unidos agirem desta maneira, não só perderemos o apoio (de alguns parceiros de Washington) em matéria de sanções, mas também seu apoio se tivermos que usar a força militar", argumentou o chefe da diplomacia americana.

Kerry é o principal artífice do texto acordado em Viena, em julho, pelo grupo P5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha) com o Irã, que deve garantir o caráter pacífico do programa nuclear, em troca da flexibilização gradual e condicional das sanções econômicas internacionais.

A maioria republicana nas duas câmaras do Congresso americano se opõem ao acordo, além de vários legisladores democratas, particularmente devido à forte oposição de Israel.

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