GGN: Após sabatina, Janot deve lançar "pacote de maldades"; assista

QUA, 26/08/2015 - 20:20

Jornal GGN - Começou às 10h desta quarta-feira (26) a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tenta ser alçado novamente à chefia do Ministério Público Federal, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Janot abriu a audiência afirmando que não é por "satisfação do ego" que quer mais dois anos de mandato na PGR. Com inúmeros inquéritos na Lava Jato em mãos, ele deve ser enquadrado pelos senadores da oposição sobre a investigação que envolve corrupção na Petrobras.

Segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, a sabatina é "precedida" por clima tenso, pois passou a circular em Brasília a informação de que Janot prepara "um pacote de maldades" que será lançado somente após a confirmação de que ele retornará à PGR.

"Uma vez aprovado, Janot apresentaria ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedidos de abertura de inquérito contra políticos incluídos na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Entre outros, o empresário citou o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. Ambos negam irregularidades", escreveu a colunista da Folha.

"Até mesmo Lula, também citado por Pessoa, correria o risco de ser submetido a constrangimentos na investida de Janot. O procurador-geral não pode, a princípio, investigar quem não tem cargo político, como o ex-presidente. Mas pode enviar informações ao STF para que a corte as encaminhe ao juiz Sergio Moro, de Curitiba", acrescentou.

O senador Jader Barbalho (PMDB) reclamou que o presidente da audiência, José Maranhão (PMDB), decidiu abrir para suplentes a inscrição para interpelar Janot durante a sabatina. "É a primeira vez na história que titulares, como eu, não terão nenhuma diferença em relação aos suplentes. Vou até me curvar", disparou Barbalho.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB), relator do processo, disse que Janot cumpre com os requisitos para continuar na PGR, e deu início à sabatina com questões sobre o caso Swissleaks.