CUT diz que momento é de unidade e pede nova política econômica

DEFESA DA DEMOCRACIA

Segundo Vagner Freitas, que esteve na mobilização do Instituto Lula, país precisa vencer a paralisia depois das tentativas de 'terceiro turno'. Coordenador da CMP pediu 'repactuação' do programa de governo
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 16/08/2015 18:40, última modificação 16/08/2015 18:51
ROBERTO PARIZOTTI / CUT
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Freitas: apoio à presidenta Dilma Rousseff, para que ela possa seguir até a conclusão de seu mandato
São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse na tarde de hoje (16) que o momento é de unidade nacional, depois de o "terceiro turno" ter paralisado o país. "Essa paralisia, por uma crise econômica criada, leva também a uma crise política", afirmou, durante evento diante do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, que incluiu também uma nova edição da Jornada pela Democracia.
Segundo Freitas, o ato de hoje foi de apoio à presidenta Dilma Rousseff, para que ela possa seguir até a conclusão de seu mandato, mas também para cobrar mudanças na política econômica. Para ele, falar em impeachment ou renúncia é uma "forçação de barra do PSDB e de uma parte da mídia".

A expectativa dos movimentos sociais é de que o governo amplie o diálogo e reveja suas diretrizes econômicas. "A Dilma tem de repactuar o seu programa de governo", diz o coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim. Ele cobrou a aplicação do programa que levou a presidenta à vitória em 2014. "Somos contra o golpe, mas isso não significa apoio condicional."
Também para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, é preciso que o governo mude sua política econômica. Por outro lado, ela não vê motivo para se falar em impeachment. "O Brasil precisa de estabilidade, de diálogo. Precisa crescer, ter investimento. Não pode ser afetado por uma instabilidade política", afirmou.

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