BRICS: Parcerias lançadas em Ufa são respostas para ampliar investimentos em meio à crise mundial

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A estratégia para a parceria econômica dos Brics, lançada nesta quinta-feira (9), em Ufa, constitui um mapa do caminho para ampliar o comércio, os investimentos e a cooperação entre os países do grupo, em setores como energia, mineração, agricultura, finanças, infraestrutura, educação, ciência, tecnologia e inovação, turismo e mobilidade laboral.
A declaração foi feita pela presidenta Dilma Rousseff, durante sessão plenária dos chefes de Estado e de governo do sétimo encontro entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na Rússia.


Para ela, a persistência da crise passou a exigir das políticas econômicas dos países novas respostas, visando a retomar o crescimento, proteger e aprofundar conquistas sociais. E são essas respostas que estão sendo apontadas em Ufa, acrescentou.
“Essas iniciativas coincidem com uma conjuntura econômica internacional que não tem apresentado significativas melhoras. E, portanto, não autoriza um grande otimismo. A recuperação dos países desenvolvidos ainda é lenta e frágil; o crescimento dos países em desenvolvimento também foi agora afetado”.

Contingente de Reservas do Brics
A presidenta se referiu ainda ao Tratado para o Estabelecimento de um Arranjo Contingente de Reservas do Brics, que entrará em vigor em 30 de julho. O acordo cria um fundo com recursos de todos os membros para ser acessado pelos países do bloco em momentos de crise.

O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, com aporte previsto de US$ 41 bilhões da China, US$ 18 bilhões do Brasil, da Índia e Rússia, cada um, e US$ 5 bilhões da África do Sul. O tratado foi firmado na cúpula do Brics, em Fortaleza, em julho de 2014.
“Constato, com satisfação, que os trabalhos preparatórios, inclusive a assinatura, dois dias atrás, do acordo operacional entre os bancos centrais, permitirão ao arranjo estar plenamente operacional quando de sua entrada em vigor no próximo dia 30 de julho”. afirmou

Estruturação do Novo Banco de Desenvolvimento
Em seu discurso, a presidenta assinalou ainda a importância de “avançar rapidamente na instalação do primeiro centro regional na África do Sul”, já que as outras etapas já foram cumpridas agora, na Rússia.
Dilma enfatizou ser importante que o banco saiba conciliar as urgências do desenvolvimento com a sustentabilidade de seus projetos.“Queremos um novo banco para um novo e melhor desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o Arranjo Contingente de Reservas é um dos primeiros instrumentos desse tipo com alcance extraregional. E representa, também, mais um passo na crescente integração entre as nossas economias e uma concreta contribuição à estabilidade do sistema financeiro global que nós sabemos e conhecemos os efeitos da sua volatilidade”, disse.

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