Ex-funcionário peruano corrupto preso no Brasil
Segundo o jornal La República, trata-se do ex-gerente da Caixa de Pensões Militares e Policiais Javier Revilla Palomino, assinalado como autor de um desvio de mais de um bilhão de novos sóis (aproximadamente 317 milhões de dólares).
Revilla enfrenta 12 acusações de corrupção e um primeiro julgamento contra ele terminou em maio de 2007 com uma primeira sentença de oito anos de prisão pelo delito de colusão, mas passou à clandestinidade e em março de 2012 fugiu para o Brasil.
O jornal citado considera insólito que o personagem, apesar de ter uma condenação judicial e vários processos pendentes, tivesse saído legalmente para o país vizinho, onde agora pediu refúgio humanitário, alegando ser perseguido político no Peru.
O ex-funcionário é acusado de ter desviado a Caixa de Pensões Militares e Policiais desviando fundos para operações encobertas do governo Fujimori, sob ordens do principal assessor presidencial de então, Vladimiro Montesinos, preso por corrupção e outros crimes, da mesma forma que o ex-governante.
Parte do dinheiro da caixa foi usada para financiar as campanhas eleitorais do governo de Fujimori e seus aliados, especialmente entre 1994 e 1998, lapso no qual Revilla foi gerente da caixa.
Segundo La República, o fugitivo tem a possibilidade de atenuar sua situação em troca de informação sobre outros responsáveis pelo desvio.
De outro lado, o conhecido jornalista Gustavo Gorriti situou ontem à candidata presidencial Keiko Fujimori, filha do ex-governante Alberto Fujimori, a informar como financia sua cara campanha eleitoral, já em marcha, para as eleições gerais de 2016.
Gorriti assinalou que, se ela não o explicar, terá que perguntar a respeito de seu tio e cunhado de Fujimori, Víctor Aritomi, refugiado no Japão e acusado aqui de corrupção e supostamente depositário do produto dos latrocínios do ex-chefe de Estado.
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