EFE: Empresa chinesa vence leilão da 2ª linha de transmissão de Belo Monte

EFE - São Paulo , 17 jul 2015

Empresa chinesa State Grid venceu leilão da segunda linha de transmissão de Belo Monte. EFE/Wu Hong
Empresa chinesa State Grid venceu leilão da segunda linha de transmissão de Belo Monte. EFE/Wu Hong
A empresa chinesa State Grid venceu nesta sexta-feira o leilão para construir e operar a segunda linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo, que está em obras na Amazônia.
A State Grid, que hoje ganhou o leilão sozinha, já havia sdio escolhida para a construção da primeira linha de transmissão de Belo Monte, nesse caso fazendo parte de um consórcio com empresas brasileiras.
A proposta da empresa chinesa foi receber uma remuneração anual de R$ 988 milhões, um ganho 19% abaixo do teto estabelecido pelo regulador no concurso.

A segunda oferta foi apresentada pelo grupo espanhol Abengoa, com um preço 14% mais baixo do teto fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador.
O consórcio brasileiro Xingu, o terceiro credenciado para participar da licitação e integrado por empresas públicas, não apresentou ofertas.
O vencedor da licitação se compromete a operar a partir de 2019, quando espera-se que as obras sejam concluídas, e gozará da concessão por 30 anos.
A segunda linha de transmissão medirá 2.250 quilômetros e conectará Belo Monte, no estado amazônico do Pará, ao município de Nova Iguaçu, na zona metropolitana do Rio de Janeiro.
Os investimentos previstos superam R$ 7 bilhões para as obras, que serão executadas em cinco estados.
A capacidade instalada em duas subestações da linha será de 7.800 megawatts e o projeto espera gerar cerca de 16,8 mil empregos diretos nos estados do Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em 26 de agosto, será realizado um novo leilão com 11 lotes de transmissão elétrica em diferentes estados.
Belo Monte, que será a terceira maior hidrelétrica do mundo, começou a ser construída em março do 2011 na cidade de Altamira (Pará), apesar da resistência dos índios, agricultores, pescadores e ecologistas, que estão preocupados pelo impacto do projeto na Amazônia.
A construção da obra, prevista para ser entregue em janeiro de 2019, foi interrompida em várias oportunidades por decisões judiciais, greves dos operários que constroem a represa e manifestações dos afetados.
A hidrelétrica, erguida sobre o rio Xingu, um afluente do Amazonas, e que inundará 506 quilômetros quadrados de floresta, terá uma capacidade de geração média de 4.571 megawatts por hora e alcançará um teto de 11.233 megawatts nas épocas de cheia do rio.
O projeto exigirá investimentos de cerca de US$ 10,6 bilhões, segundo cálculos do governo.

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