Dilma: Buscamos o reequilíbrio das contas para voltar a crescer.

Durante discurso na inauguração da fábrica piloto de uma empresa brasileira do ramo de energia, nesta quarta-feira (22) em Piracicaba, que produzirá o chamado etanol de segunda geração (2G), obtido a partir do reaproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar, a presidenta Dilma Rousseff, destacou que o país vive um “ano de travessia” e que o governo está “perseguindo o reequilíbrio das contas públicas, que é parte essencial para que a economia se recupere”.


Agência Brasil
Dilma com trabalhadoras da unidade de produção de Etanol 2G, em Piracicaba (SP)Dilma com trabalhadoras da unidade de produção de Etanol 2G, em Piracicaba (SP)
“Estamos num ano de travessia, mas também de novas possibilidades. Estamos atualizando as bases da nossa economia e iremos voltar a crescer dentro do nosso potencial. Nosso objetivo é consolidar a expansão da classe média no Brasil porque queremos que o Brasil seja um país de classe média e, ao mesmo tempo, queremos competitividade em relação aos demais países”, salientou a presidenta.

Sobre fábrica, a presidenta destacou que é um “salto tecnológico proporcionado pelo etanol de segunda geração, obtido do reaproveitamento do bagaço da cana, é imenso”. A unidade piloto vai aumentar a produção de etanol em até 50% sem ampliar a área de cultivo. A fábrica pertence à empresa Raízen e recebeu investimentos de quase R$ 240 milhões, a maior parte proveniente de recursos do BNDES.



A biorrefinaria, que tem capacidade de produção de mais de 42 milhões de litros de etanol por ano, prevê a construção de mais sete unidades para a produção do etanol 2G até 2024, quando pretende atingir a marca anual de 1 bilhão de litros de etanol celulósico.

“Fui ministra de Minas e Energia e, naquela época, produzir etanol com base na celulose era um sonho. Hoje estamos transformando num produto comercial que vai ser vendido e exportado...Portanto, a inauguração dessa planta é a materialização de um sonho que muitos daqueles que trabalham nessa área vem perseguindo há anos”, destacou Dilma, ressaltando a importância dessa inovação para o país. Ela afirmou que diversos países do mundo buscam alternativa para a matriz energética e que a inauguração será um fator bem-vindo na Cop 21, conferência sobre o clima, que acontece em dezembro em Parais, na França.

“Essa planta é a demonstração da capacidade de integração energética e, sobretudo, uma grande conquista para o Brasil. Vamos dar um passo significativo para continuar liderando nesse setor. Tudo isso explica porque essa planta foi financiada pelo BNDES, assegurando que o estado brasileiro participe do incentivo inicial de inovação. O governo se tronou parceiro dessa planta porque ao consolidar a celulose nos mantém na vanguarda”, completou a presidenta, enfatizando que não há contradição entre o pré-sal e a produção de etanol. “São complementares”, disse.

“Essa planta é uma ponte bastante robusta para o futuro, mostrando que é possível que o mundo tenha maior competitividade e sustentabilidade ao mesmo tempo, produzindo renda e emprego para o Brasil”, concluiu Dilma.


Do Portal Vermelho, com informações da NBR e Blog do Planalto

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