A quem serve a volta dos “blackblocs”?

3 de julho de 2015 | 22:57 Autor: Fernando Brito
blackbloc
Eles foram trazidos no limbo onde submergiram desde o “não vai ter Copa”, há dois anos.
Não existiam mais, mas reapareceram na pacífica – até suas provocações se iniciarem – passeata contra a redução da maioridade penal, hoje, na Avenida Paulista.
Viraram uma cabine da PM e fizeram algumas depredações.
Será que desta vez ainda vão iludir aos tolos que podem ver algo de libertário em quem entra nos movimentos para produzir contra eles antipatia e rejeição pelos atos de agressão que promovem?

Movimentos “espontâneos”, uma ova.
Ou vamos esquecer que essa turma despertou a onda de selvageria que marca a política brasileira hoje?
Quem se enfraqueceu, depois deles, a direita que dizem odiar ou a esquerda que lhes foi tolerante e os tratou com uma ingênua e estúpida simpatia ou tolerância?
Muita gente bem intencionada, àquela época, deixou esta turma se criar, quando deveriam ter sido postos a correr como agentes provocadores que são.
“Esquerda” sem base social e de porrete na mão para tomar a frente de movimentos políticos legítimos dá nisso, no que deu de prejuízo às causas legítimas o desempenho desta gente.
Aquela “voz das ruas” só deu eco aos piores tipos de fascistas provocadores que pululam hoje na política brasileira.
Os Batman viraram cabos eleitorais dos Bolsonaros, é bom lembrar.
Tomara que, desta vez, menos gente se iluda e seja condescendente com esta turma.
A volta dos “blackblocs” não veio do nada.
Veio para servir aos interesses de quem quer conflito e quebra da ordem democrática.
E que agora já sabemos quem são.

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