Suécia não aceita recomendações sobre caso Assange


(Arquivo) O fundador do WikiLeaks, Julian Assange

A Suécia não aceitou as recomendações de Cuba, Equador e Argentina sobre o caso do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado há três anos na embaixada do Equador em Londres, durante a Revisão Periódica Universal (UPR) desse país, revela um documento adotado esta sexta-feira em Genebra.

Cuba apelou pela "adoção de medidas concretas para garantir o acesso às provas a todas as pessoas privadas de liberdade", em uma referência velada à Assange, requerido pela justiça sueca como suspeito de quatro acusações de agressão sexual.

No final de uma longa batalha judicial, o tribunal britânico concordou em extraditar Assange para a Suécia para responder a estes alegados crimes, que ele nega ter cometido, mas o australiano se refugiou na embaixada equatoriana por medo de acabar sendo extraditado da Suécia para os Estados Unidos para responder pelo vazamento de documentos oficiais confidenciais do Wikileaks.


O Equador recomendou "medidas para limitar a duração da prisão preventiva ou situação equivalente de detenção sem acusação para fins de investigação", mas a Suécia alegou que "o governo está analisando alguns aspectos do quadro jurídico para a detenção preventiva", algo sem relação aparente com as circunstâncias que cercam Assange.

Por sua vez, a Argentina instou a Suécia a "tomar medidas concretas para assegurar garantias de não repulsão a qualquer pessoa sob o controle das autoridades suecas que possa ser considerado um refugiado por um país terceiro", supondo que Assange poderia ser reclamado pelos Estados Unidos.

A Suécia argumentou que respeita o princípio da não repulsão a outro país de qualquer pessoa que esteja sob sua jurisdição.

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