Rejeição nacional obriga McDonald's a fechar lojas na Bolívia

Após 14 anos de presença no país, loja após loja sofreram déficits e fecharam as portas.

Amary Nicolau, da Adital - na Carta Maior
Reprodução/Facebook
A população boliviana mostrou não acreditar na publicidade e no preparo rápido de alimentos. Apesar de preços convidativos oferecidos pela rede, o McDonald’s não conseguiu convencer os bolivianos a comerem seus BigMacs, McNuggets ou McRibs.

A boliviana Esther Choque disse enquanto esperava um ônibus em frente a uma das franqueadas já fechada do McDonald's: "o mais perto que eu já cheguei desse restaurante foi em um dia que estava chovendo e subi os degraus para me manter seca. Mas os funcionários me enxotaram, dizendo que eu estava sujando o restaurante. Por mim, podem ir embora da Bolívia mesmo”.

Após 14 anos de presença no país, loja após loja sofreram déficits e fecharam as portas.


Uma profunda rejeição cultural

A partida do McDonald’s da Bolívia foi algo tão importante que um documentário começou a ser filmado, chamado "Porque o McDonald’s quebrou na Bolívia”, apresentando cozinheiros, nutricionistas, historiadores e educadores rompendo a realidade repugnante do alimento oferecido pelo McDonald’s.

A rejeição não é, necessariamente, com base no sabor ou no tipo de alimento, mas sim uma rejeição ao sistema fast food. O tempo de preparo das refeições serve como um tipo de alerta para eles. Os bolivianos buscam refeições locais e querem saber que foram preparadas da maneira correta.

Você sabia que o McRib é processado com 70 ingredientes diferentes, que incluem azodicarbonamida, a farinha de branqueamento usada na produção de espuma e plástico? McRib se constitui por misturas de tripas, coração e estômago. As proteínas são extraídas da mistura muscular que se liga a carne de porco, de forma que possa ser moldada nas fábricas. Embora seja vendido como costela, não existe nada de costela.

A rejeição boliviana contra o McDonald’s criou um bom exemplo para o resto do mundo seguir.




Créditos da foto: Reprodução/Facebook

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