Presidente venezuelano condena resquícios do colonialismo


Imagen activaCaracas, 24 jun (Prensa Latina) A Europa deve indenizar os povos africanos, latino-americanos e caribenhos pelo dano causado durante séculos de colonialismo, assegurou hoje o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante a comemoração da vitória na Batalha de Carabobo.
Aquela ação, acontecida no dia 24 de junho de 1821, abriu as portas do triunfo ao processo independentista venezuelano, mas perduraram os interesses da oligarquia que ainda tentam manter os recursos do país e a área geográfica, denunciou o presidente na cerimônia.

Maduro explicou à nação que, também, sobreviveram até o presente a exploração e o racismo como heranças indesejadas do período colonial.

Como justa homenagem à contribuição dos afrodescendentes à independência da Venezuela, esta jornada foi encerrada com uma homenagem no Panteão Nacional dos restos simbólicos do tenente de cavalaria Pedro Camejo (conhecido como Negro Primeiro), que caiu no combate de Carabobo.

Camejo converteu-se em símbolo do valor do povo e da humildade do exército, disse o presidente no ato.

O presidente também felicitou o Exército Nacional Bolivariano, cujo dia é celebrado hoje, e se declarou orgulhoso dessa força armada.

De acordo com Maduro, o Exército Bolivariano é uma força da liberdade e igualdade, e demonstra sua natureza popular ao honrar a próceres como Pedro Camejo. Negro Primeiro está no Panteão Nacional, mas encontra-se na alma do povo há muito tempo, precisou.

O chefe de Estado agradeceu a presença de representantes de movimentos internacionais defensores dos direitos dos afrodescendentes, bem como de altos funcionários de governos caribenhos e africanos que exigem ao mundo indenização por séculos de saques e ultrajes.

A Venezuela respalda essa denúncia e condena os remanescentes de colonialismo, ódio e discriminação que perduram no planeta.

Pedro Camejo é um dos estandartes do povo que deseja livrar-se desses males, disse.

A Revolução bolivariana fez sua esta luta e agora se foca em reimpulsionar os valores pátrios para enfrentar a agressão com a qual os organismos da direita buscam derrotá-la, apontou.

Durante 25 meses, os ataques contra o Governo se intensificaram -precisou Maduro-; querem se apropriar dos recursos do povo e para isso criaram campanhas dirigidas a confundir e enganar com o objetivo de provocar a desestabilização interna, apontou.

Agora querem tomar o controle da Assembleia Nacional nas eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro e a partir daí frear o avanço dos programas sociais revolucionários, alertou.

Há alguns dias um grupo de opositores viajou a Nova York, ao que parece, para receber instruções sobre novos ataques ao Governo bolivariano, afirmou.

Neste mesmo dia, o presidente do Parlamento venezuelano, Diosdado Cabello, criticou a oposição por desconhecer o tributo a Camejo e a celebração dos aniversários da Batalha de Carabobo e do Dia do Exército Bolivariano.

Cabello questionou a ausência à homenagem dos deputados de partidos da direita. Trata-se de uma manifestação racista e antinacional, pois Negro Primeiro, além de afrodescendente, é um herói das lutas pela independência de Venezuela, precisou.

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Modificado el ( jueves, 25 de junio de 2015 )

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